Japão
O primeiro-ministro pretende que a Constituição pacifista seja revista até 2020. Em artigo publicado no primeiro dia do ano num jornal conservador nipónico, Shinzo Abe defendeu a retirada do artigo 9.º, que prevê a renúncia à guerra, considerando que «o Japão já recuperou totalmente o seu estatuto e dará um grande contributo para a paz na região e no mundo», e alertando que o país está «determinado a proteger todo o território nacional em terra, no mar e no ar».
No mesmo dia, o ministro do Interior e Comunicação japonês deslocou-se ao templo de Yasukuni, em Tóquio, repetindo a visita feita pelo chefe do governo dias antes. O local é um símbolo do imperialismo nipónico, homenageando os membros do exército imperial mortos na Segunda Grande Guerra.
As iniciativas foram duramente criticadas pelos países agredidos no conflito mundial, com a China a sublinhar que «o povo chinês e outros povos asiáticos não permitirão que o Japão reescreva a história».