Na re­cente cam­panha elei­toral, a CDU apre­sentou o com­pro­misso pú­blico de propor uma au­di­toria ex­terna às contas do mu­ni­cípio (Câ­mara e em­presas mu­ni­ci­pais), algo que a ac­tual mai­oria ca­ma­rária tem re­pe­ti­da­mente afir­mado não de­sejar fazer. No en­tanto, as re­centes de­ci­sões do Su­premo Tri­bunal Ad­mi­nis­tra­tivo, que con­firmam as con­de­na­ções de que a Câ­mara re­correu (oca­si­o­nando ele­va­dís­simos va­lores de juros), com­provam a jus­teza dos alertas feitos pelos eleitos do PCP.

Em nota de im­prensa, di­vul­gada no dia 11, a CDU volta a re­a­firmar que «há in­dí­cios de gestão, no mí­nimo, ne­gli­gente ou da­nosa», como sejam o caso da pro­li­fe­ração de em­presas mu­ni­ci­pais, vi­sando evitar o con­trolo por parte dos ór­gãos de­mo­cra­ti­ca­mente eleitos, o ex­ces­sivo re­curso à fi­gura dos «ajustes di­rectos» en­vol­vendo ele­vados va­lores, ou as ir­re­gu­la­ri­dades pa­ten­te­adas na Conta de Ge­rência de 2012 e re­fe­ridas pelo Re­visor Ofi­cial de Contas.

Face a esta si­tu­ação, a CDU vai apre­sentar hoje na sessão da As­sem­bleia Mu­ni­cipal uma pro­posta de au­di­toria à si­tu­ação do mu­ni­cípio. «Se a ac­tual mai­oria re­cusar tal pro­posta, es­sen­cial para es­cla­recer a real si­tu­ação exis­tente, a CDU avan­çará para as ins­tân­cias ade­quadas, vi­sando o es­cla­re­ci­mento e a res­pon­sa­bi­li­zação po­lí­tica dos que, por acção ou omissão, foram au­tores de de­ci­sões que tão graves con­sequên­cias trou­xeram ao mu­ni­cípio», pro­metem os eleitos do PCP.