Valorizar o português
Está em curso em diversos países da Europa uma campanha do PCP que visa esclarecer os emigrantes da dramática situação que vive o ensino da língua portuguesa no estrangeiro, agravada por mais cortes no Orçamento do Estado para 2014. No comunicado relativo a esta questão, distribuído nos locais de maior concentração de portugueses, na Internet e junto da comunicação social, o PCP alerta para a degradação «a olhos vistos» da qualidade do ensino: em 2010 havia 625 professores em diversos países, número que baixou este ano para os 353. «E no próximo ano, ainda haverá alguns?», questionam os comunistas. Também o pagamento de propinas, recentemente instituído na Alemanha, Suíça, Reino Unido e parte do Luxemburgo, merece a crítica do PCP, que denuncia que se noutros países esta medida não é aplicada é apenas porque os ministérios respectivos proíbem as propinas nas escolas de ensino público. O PCP reafirma que os cursos de língua e cultura portuguesas «não são um luxo nem um favor»; são, sim, um dever do Estado e um direito constitucional dos portugueses residentes no estrangeiro».