Acções de sabotagem na Venezuela

Segurança reforçada

O go­verno bo­li­va­riano re­forçou a se­gu­rança após a falha de elec­tri­ci­dade que afectou parte do ter­ri­tório da Ve­ne­zuela na noite de se­gunda-feira, 2, atri­buída a um acto de sa­bo­tagem.

Se­gundo o pre­si­dente Ni­colás Ma­duro, ci­tado pela Prensa La­tina, não há ra­zões téc­nicas nem ex­cesso de pro­cura que jus­ti­fi­quem a falta de energia eléc­trica ocor­rida no Centro e no Oci­dente do país. O que há, se­gundo as au­to­ri­dades, é ra­zões para sus­peitar que, numa ten­ta­tiva de­ses­pe­rada de de­ses­ta­bi­lizar as elei­ções mu­ni­ci­pais do pró­ximo do­mingo, dia 8, a opo­sição an­ti­bo­li­va­riana tente levar a cabo novos actos de sa­bo­tagem, pelo que os ór­gãos de se­gu­rança, as forças ar­madas e a em­presa es­tatal Pe­tró­leos de Ve­ne­zuela (Pdvsa) foram postos em alerta má­ximo.

De acordo com os res­pon­sá­veis do Mi­nis­tério de Energía Eléc­trica, as pri­meiras ins­pec­ções feitas para apurar as causas da falta de energia de­tec­taram um con­dutor solto entre duas torres, o que terá dado origem ao «apagão». O facto é par­ti­cu­lar­mente es­tranho por ter ocor­rido num sector que re­gista uma subs­tan­cial re­cu­pe­ração da ca­pa­ci­dade ge­ra­dora de energia.
En­quanto pros­se­guem as in­ves­ti­ga­ções, o mi­nistro do In­te­rior, Jus­tiça e Paz Mi­guel Ro­drí­guez or­denou o re­forço da vi­gi­lância por parte dos fun­ci­o­ná­rios das di­versas ins­ti­tui­ções para evitar que se re­pitam casos se­me­lhantes.
O «apagão» de se­gunda-feira não pode deixar de ser re­la­ci­o­nado com a guerra eco­nó­mica lan­çada pelas forças anti-re­vo­lu­ci­o­ná­rias e que obrigou o go­verno a adoptar me­didas ex­cep­ci­o­nais para de­fender o poder de compra dos ve­ne­zu­e­lanos e ga­rantir o abas­te­ci­mento dos pro­dutos de pri­meira ne­ces­si­dade.

Plano Pa­trió­tico

En­tre­tanto, a As­sem­bleia Na­ci­onal da Ve­ne­zuela co­meçou a de­bater an­te­ontem o Plano Pa­trió­tico, se­gundo Plano So­ci­a­lista de De­sen­vol­vi­mento Eco­nó­mico e So­cial da Nação 2013-2019, que de acordo com a Cons­ti­tuição ve­ne­zu­e­lana tem de ser apre­ciado pelo Par­la­mento no pri­meiro ano de exer­cício da Pre­si­dência da Re­pú­blica para se con­verter em lei.

O Plano contém cinco ob­jec­tivos es­tra­té­gicos: pre­servar a in­de­pen­dência na­ci­onal; pros­se­guir a cons­trução do mo­delo so­ci­a­lista do sé­culo XXI; trans­formar a Ve­ne­zuela numa po­tência; con­tri­buir para a cons­trução de um mundo mul­ti­polar; e con­tri­buir para a pre­ser­vação do pla­neta e da so­bre­vi­vência da hu­ma­ni­dade.
Em apre­ci­ação es­tava ainda, entre ou­tras ma­té­rias, o re­la­tório da Co­missão Per­ma­nente de Fi­nanças e De­sen­vol­vi­mento Eco­nó­mico sobre o cré­dito adi­ci­onal de 28 mi­lhões de bo­lí­vares (cerca de 4,5 mi­lhões de dó­lares) para o Mi­nis­tério do Poder Po­pular.




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