Marian Kotleba, líder do partido popular «Nossa Eslováquia», de extrema-direita, foi eleito, no domingo, 24, presidente da região central da Eslováquia, Banska Bystrica, a maior em extensão do país com uma população de 650 mil habitantes.

Kotleba obteve 55,5 por cento dos votos, segundo resultados oficiais preliminares, conquistando o governo regional aos sociais-democratas do primeiro-ministro Robert Fico.

Apesar desta derrota, os sociais-democratas ganharam seis das oito regiões, mantendo-se como a força mais votada no país.

Kotleba, de 36 años, foi presidente de uma outra formação neonazi, que organizou manifestações e marchas paramilitares contra a minoria cigana. Detido em várias ocasiões por incitação ao ódio, o Tribunal Supremo ilegalizou o seu partido em 2006, porque os respectivos estatutos propunham a eliminação da democracia.

A nova formação de Kotleba, mantendo o discurso de extrema-direita, apresenta-se com tom mais moderado, tendo abandonado a indumentária paramilitar que emulava a estética nazi.

A imprensa eslovaca atribui a vitória da extrema-direita à erosão da base de apoio dos sociais-democratas e ao descrédito dos conservadores, atingidos por várias escândalos de corrupção.

Por outro lado, naquela que é a região mais pobre da Eslováquia, o baixo nível de participação eleitoral, de apenas 24,61 por cento, foi outro factor que beneficiou claramente o partido de Kotleba.