FAZER DO VOTO UMA ARMA DE LUTA

«Que ne­nhum eleitor da CDU deixe de ir votar no do­mingo»

Um ba­lanço su­mário do tra­balho de­sen­vol­vido pelos ac­ti­vistas da CDU na cam­panha elei­toral – que está quase a chegar ao fim – per­mite-nos desde já con­cluir que são muitas as ra­zões para es­tarmos sa­tis­feitos com o tra­balho re­a­li­zado e, por­tanto, para es­tarmos con­fi­antes em re­lação aos re­sul­tados da vo­tação no pró­ximo do­mingo.

Mi­lhares de ca­ma­radas e amigos fi­zeram chegar a muitos mais mi­lhares de ci­da­dãos, de­sig­na­da­mente através do con­tacto di­recto, a imagem real da CDU: as provas dadas, e am­pla­mente re­co­nhe­cidas, do tra­balho, da ho­nes­ti­dade e da com­pe­tência que são apa­nágio dos eleitos da Co­li­gação De­mo­crá­tica Uni­tária e os dis­tin­guem dos eleitos das ou­tras forças po­lí­ticas e o com­pro­misso de pros­se­guir e acen­tuar esse ca­minho no pró­ximo man­dato, sempre me­lho­rando-o e en­ri­que­cendo-o, sempre in­se­rindo-o no ob­jec­tivo de de­fesa e re­forço do poder local de­mo­crá­tico en­quanto con­quista de Abril.

No en­tanto, há ainda muito que fazer daqui até à con­tagem dos votos, mo­mento em que ter­mina, de facto, a ba­talha elei­toral: há muitos ho­mens, mu­lheres e jo­vens a ga­nhar para o voto certo, para o voto na de­fesa dos seus in­te­resses e di­reitos, para o voto na­queles que dão ga­ran­tias de o uti­lizar no res­peito ab­so­luto pela pa­lavra dada aos elei­tores, ou seja, para o voto nas listas da CDU. E esse voto re­veste-se de ca­rácter de­ci­sivo em todos os con­ce­lhos e fre­gue­sias do País: quer onde a CDU é força mai­o­ri­tária; quer onde pode passar a sê-lo; quer onde, mesmo sem pers­pec­tivas de vi­tória ime­diata, é de ex­trema im­por­tância o au­mento da sua ex­pressão elei­toral.

Re­forçar a vo­tação da CDU em toda a parte, re­forçar as suas po­si­ções e o nú­mero dos seus eleitos, cons­titui o ob­jec­tivo a al­cançar – um ob­jec­tivo que a ampla re­cep­ti­vi­dade das po­pu­la­ções à nossa cam­panha elei­toral mos­trou estar, ine­qui­vo­ca­mente, ao nosso al­cance.

A im­por­tância do re­forço da ex­pressão elei­toral da CDU deve ser vista, também, à luz da re­a­li­dade na­ci­onal, do es­tado em que se en­contra o País, da si­tu­ação dra­má­tica vi­vida pela imensa mai­oria dos por­tu­gueses – e dos res­pon­sá­veis por tudo isso: os par­tidos da troika na­ci­onal – PS, PSD e CDS – que, pri­meiro so­zi­nhos, e desde há mais de dois anos, obe­de­cendo fi­el­mente ao pacto de agressão que os três as­si­naram com a troika ocu­pante, em­pur­raram Por­tugal para o ca­minho de de­sastre.

Como o Se­cre­tário-geral do PCP tem vindo a su­bli­nhar, todos os subs­cri­tores na­ci­o­nais do fa­mi­ge­rado pacto das troikas se têm en­tre­gado, na cam­panha elei­toral, a des­pu­do­rados passes de má­gica e ar­ti­ma­nhas, ora para jus­ti­ficar o in­jus­ti­fi­cável no que res­peita aos seus es­pú­rios com­pro­missos, ora para tentar mas­carar as graves res­pon­sa­bi­li­dades que têm na si­tu­ação a que o País chegou – ao mesmo tempo que tentam fazer crer que a so­lução dos pro­blemas que cri­aram com a sua po­lí­tica de di­reita, passa… pela con­ti­nu­ação dessa mesma po­lí­tica exe­cu­tada pelos mesmos que a têm vindo a exe­cutar há trinta e sete anos…

Assim levam por di­ante uma ver­go­nhosa ope­ração de caça ao voto – para, de­pois, con­ti­nu­arem a fazer o que sempre fi­zeram: servir os in­te­resses do grande ca­pital na­ci­onal e trans­na­ci­onal e fazer num in­ferno a vida do tra­ba­lha­dores e do povo.

Por isso, é ne­ces­sário que o voto do dia 29 pe­na­lize quem me­rece ser pe­na­li­zado e pre­meie quem não se tem pou­pado a es­forços para der­rotar a po­lí­tica de di­reita e con­quistar um novo rumo para Por­tugal.

Domingo é dia de ir votar: é dia de, cum­prindo um di­reito con­quis­tado através da luta, fazer do voto uma arma de luta.

Da luta que pros­se­guirá na se­gunda-feira, nas em­presas e lo­cais de tra­balho, nas po­vo­a­ções, nas es­colas e nos campos – e que as­su­mirá ex­pressão mas­siva no dia 19 de Ou­tubro, com a jor­nada na­ci­onal pro­mo­vida pela CGTP-IN. Da luta que será tanto mais forte e eficaz quanto mais ex­pres­siva for a vo­tação da CDU no dia 29.

O voto na CDU nas au­tár­quicas de do­mingo re­veste-se de ca­rac­te­rís­ticas sin­gu­lares: é um voto que, ao mesmo tempo que, como acima se disse, leva às po­pu­la­ções, nos con­ce­lhos e nas fre­gue­sias, o tra­balho, a ho­nes­ti­dade e a com­pe­tência de que os eleitos da Co­li­gação De­mo­crá­tica Uni­tária têm dado am­plas provas, dará mais força à luta contra a po­lí­tica das troikas e à cons­trução da ne­ces­sária al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda – sa­bendo-se que o PCP e as res­tantes forças que in­te­gram a CDU estão na pri­meira linha dessa luta.

Fazer do voto um ins­tru­mento de com­bate é o de­safio que, no pró­ximo do­mingo, se co­loca aos por­tu­gueses – a todos os por­tu­gueses que querem ver à frente das suas au­tar­quias gente séria e com um pro­jecto sério de de­sen­vol­vi­mento local; a todos os por­tu­gueses que são as ví­timas pre­fe­ren­ciais da po­lí­tica de di­reita com a qual os três par­tidos da troika na­ci­onal – PS, PSD e CDS – atre­lados à troika ocu­pante – FMI, BCE, UE – têm vindo a afundar Por­tugal e a fus­tigar os tra­ba­lha­dores e o povo com toda a es­pécie de mal­fei­to­rias; a todos os por­tu­gueses que, tendo os ideais e os va­lores de Abril como re­fe­rên­cias pri­mor­diais, não ab­dicam dos di­reitos con­sa­grados na Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa, nem de­sistem de se bater por um Por­tugal de pro­gresso, de­sen­vol­vi­mento e jus­tiça so­cial.

Assim, que ne­nhum eleitor da CDU deixe de ir votar no do­mingo – e que muitos novos elei­tores ve­nham dar mais força ao tra­balho, à ho­nes­ti­dade e à com­pe­tência dos eleitos da CDU. Só assim darão mais força ao poder local de­mo­crá­tico. Só assim darão mais força à luta contra a po­lí­tica das troikas e por uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, ao ser­viço dos in­te­resses dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País.