Governo asfixia instituição
Em resposta aos esclarecimentos solicitados pelo PCP, em Maio, sobre a situação de ruptura orçamental (e as suas consequências) na Cinemateca Portuguesa e no Arquivo Nacional das Imagens em Movimento, o Governo disse estar a par do quadro financeiro da instituição e que se comprometia a procurar soluções. Contudo, de então para cá os problemas agravaram-se. A realidade dos factos evidencia que o Governo tem para com a Cinemateca e o ANIM a mesma «abordagem antidemocrática» que manifesta nas outras áreas da política cultural: «liquida por asfixia financeira o funcionamento das instituições» e, por essa via, limita os «direitos constitucionais à criação e fruição artísticas». Por outro lado, nem a Lei do Cinema resolveu os problemas do sector, nem a cobrança de taxas nela consignada tem sido eficaz, nem foi prevista a atribuição de qualquer percentagem dessa cobrança à Cinemateca. O PCP exige esclarecimentos.