O despacho n.º 9635/2013, do Ministério da Saúde, proíbe as administrações regionais de saúde, as unidades hospitalares e as unidades locais de saúde de divulgar dados estatísticos sem prévia autorização do director-geral da Saúde, atribuindo-lhe a capacidade de decidir que informação é ou não do interesse público. Para a Federação Nacional dos Médicos, a decisão não é compatível com uma sociedade que se deseja «democrática, informada, transparente e participativa», nem com um governo e uma administração comprometidos com o «princípio ético e republicano de prestação de contas aos cidadãos». O PCP considera que o Governo pretende sonegar informação aos utentes, controlando em seu benefício o que é divulgado, numa atitude de desrespeito pela autonomia dos organismos que integram o Sistema Nacional de Saúde, pelo que exige esclarecimentos.