Desde 2010, a sala escura da sétima arte tem consolidado o seu lugar na programação da Festa e do Espaço Central, afirmando-se como mais do que uma ocasião para ver uns filmes. Ao quarto ano, o CineAvante cresceu em espaço, com mais um módulo de construção, e ficou com melhores condições para receber uma centena de espectadores em cada sessão. E continuou a receber, de braços abertos e sentidos atentos, realizadores, actores, produtores e seus inspiradores.

Entre ficção de longas e curtas metragens, documentário e animação, foram 26 títulos. Ali estiveram, para conversar sobre a sua arte, os realizadores João Canijo («É o Amor»), Gonçalo Tocha («É na Terra, não é na Lua») e Tiago Cravidão («As Coisas não são Feitas por Acaso», sobre o fotógrafo Eduardo Gageiro) e a actriz Ana Moreira («Tabu»).

A marcar o ano do centenário de Álvaro Cunhal, o CineAvante encerrou com «Cinco Dias, Cinco Noites», filme de José Fonseca e Costa baseado na novela homónima de Manuel Tiago (pseudónimo literário do dirigente comunista).

No sábado, ao fim da tarde, o CineAvante promoveu uma homenagem a Urbano Tavares Rodrigues, escritor e professor comunista falecido a 9 de Agosto. Foram exibidos «Manhã Triste», de Hernâni Duarte Maria e Pedro Noel da Cruz, a partir de um conto de Urbano, e «O Adeus à Brisa», documentário biográfico de Possidónio Cachapa. Estiveram presentes, entre outros, este realizador e os camaradas José Casanova, do Comité Central do PCP e director do Avante!, e Miguel Urbano Rodrigues, jornalista e irmão de Urbano Tavares Rodrigues.