- Nº 2076 (2013/09/12)

Outros espaços

Festa do Avante!

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Em ano de centenário, também o Espaço Criança, dinamizado pela Associação «Pioneiros de Portugal», não se alheou das comemorações, dando destaque à obra «Os Barrigas e os Magriços», de Álvaro Cunhal. Por todo o espaço, as paredes encheram-se de fantasia, sentido cívico e didáctico com a reprodução de várias ilustrações (ampliadas) de uma edição do conto, juntamente com algumas citações.

Do Bar dos Pioneiros, que tinha disponíveis gomas, bebidas refrescantes e também refeições, era possível vislumbrar esta atmosfera de fantasia e a alegria da pequenada a brincar nos baloiços, nos balancés ou nos escorregas, com alguns adultos claramente embevecidos a observar as suas aventuras.

Ao fundo, no canto do Espaço, outro grupo de crianças fazia fila para um dos pratos mais apetecidos do programa de animações: as pinturas faciais! Junto à Banca dos Pioneiros, havia um anúncio importante: dia 21 de Setembro, realiza-se no Parque Urbano das Paivas (Amora, Seixal) a Festa da Criança.

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No Pavilhão dos Imigrantes, em que predominava a decoração africana/tropical, em tons quentes, e onde a Cachupa rica e a Moamba se destacavam ao nível da gastronomia, vários painéis explicavam como o PCP está com os imigrantes na defesa dos seus direitos e como a «crise económica e social tem reflexos ainda mais brutais nos imigrantes».

No âmbito do povo trabalhador imigrante, é clara a necessidade de uma política e de um governo patrióticos e de esquerda, bem como do reforço do projecto autárquico da CDU – pois só assim os imigrantes verão garantida a defesa dos seus direitos.

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O Pavilhão dos Emigrantes recordava que «mais de 250 mil portugueses abandonaram o País nos últimos 2 anos», apontando as razões para este cenário catastrófico e enfatizando a necessidade de o combater.

Por outro lado, o PCP dava a conhecer as suas propostas para as «Comunidades na Diáspora», reafirmando a ideia de que é com o Partido que os emigrantes podem contar e que, para que a luta ganhe mais força neste âmbito, é necessário reforçar o PCP e a sua ligação aos emigrantes.

No Bar da Emigração, virado para a Alameda, os crepes, as salsichas alemãs e a sangria do Quim tiveram muita saída.

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No Pavilhão das Mulheres, podia ler-se, numa das paredes, a frase de Álvaro Cunhal «Mulher, toma nas tuas mãos a conquista dos teus direitos», inscrita sobre a reprodução de um quadro também de sua autoria.

Também nas paredes exteriores do espaço, era possível assistir a uma exposição de fotografias (de grandes dimensões) que tinham como denominador comum o facto de nelas surgirem mulheres em destaque e a participar em acções de luta e mobilizações – em defesa dos CTT, do SNS, dos seus direitos enquanto mulheres, a participar em piquetes de greve ou em acções do Partido.

Junto ao Bar da Igualdade, num enorme placard afirmava-se «Mais CDU em defesa dos direitos das mulheres», e este foi precisamente o título de um debate realizado na esplanada do bar, que contou com a presença de diversas cabeças-de-lista da CDU às eleições autárquicas.

 

Raul Lourenço