Marcha pelo emprego e desenvolvimento em Gaia

Viver com dignidade

Centenas de activistas e amigos da CDU desfilaram, sábado, pelas ruas de Gaia, numa marcha pelo emprego e desenvolvimento do concelho. A iniciativa contou com a presença, entre muitos outros, de Jorge Sarabando e Paula Baptista, cabeças-de-lista à Câmara e Assembleia Municipal de Gaia, e de Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP.

Protesto contra as políticas geradoras de desemprego

Esta foi uma marcha de denúncia das responsabilidades partilhadas pelo Governo e por aquela autarquia, que, com opções políticas e ideológicas iguais, semeiam a destruição do aparelho produtivo, sendo um dos exemplos mais recentes e de maior notoriedade a Cerâmica de Valadares, cuja corajosa luta dos seus trabalhadores foi referida e valorizada pelo Secretário-geral do PCP. Jerónimo de Sousa falou, por isso, da premente necessidade da criação de emprego com direitos, para que não sejam dadas esmolas, mas para que, fruto do seu trabalho, o povo tenha condições para viver com dignidade.

Os participantes nesta acção manifestaram-se também contra as políticas geradoras de desemprego, que aprofundam desigualdades sociais e aumentam a pobreza e a fome, e que privilegiam e protegem o capital e a banca contra os trabalhadores, os reformados e pensionistas, assim como a grande distribuição, em detrimento do comércio tradicional – visível no alargamento dos horários das grandes superfícies.

«O desemprego no concelho de Gaia é dos mais elevados e tem vindo a crescer, tanto no sector público como no privado», advertiu Jorge Sarabando, cabeça-de-lista à Câmara Municipal, acusando o actual executivo autárquico de ter realizado poucos investimentos geradores de emprego.

Os números oficiais não mentem: nos últimos dez anos, o desemprego registado subiu de sete para 12 por cento, e na população em idade activa cresceu de 14 para 33 por cento. Por outro lado, em apenas uma década, encerraram seis mil estabelecimentos comerciais, provocando cerca de 15 mil desempregados.


Compromissos para Gaia

Mas esta marcha foi, acima de tudo, um grande momento de afirmação de um projecto alternativo e transparente ao serviço da população de Gaia e dos seus interesses. Foi neste quadro de confiança num novo rumo que Jorge Sarabando anunciou os compromissos da CDU no âmbito do Emprego e desenvolvimento:

Criar um Gabinete Municipal do Investimento, vocacionado para o relacionamento com os agentes económicos, com vista a desburocratizar os procedimentos e a privilegiar e apoiar os investimentos no sector produtivo, geradores de mais postos de trabalho e de produtos de maior valor acrescentado;

Reduzir a Derrama e o IMI, revogar a Taxa de Protecção Civil e, não havendo alteração da prática dos operadores, a Taxa Municipal dos Direitos de Passagem;

Dar prioridade à reabilitação urbana, tomando como pólo o Centro Histórico, com vista ao seu repovoamento, dando maior atenção aos antigos moradores deslocalizados;

Revitalizar o comércio tradicional, reduzindo preços de licenciamentos, melhorando as condições de estacionamento, preparando zonas pedonais e pondo termo ao favorecimento das grandes superfícies e à desregulação dos horários;

Dinamizar a actividade cultural, designadamente na sua conexão turística, e privilegiando a cooperação com o Município do Porto;

Intensificar a luta, com todas as forças vivas do concelho, pelos investimentos públicos já prometidos, como a extensão do Metro a Vila d’Este, o Centro Hospitalar e os Centros de Saúde, com destaque para o de Vilar de Andorinho e Madalena.


Criar oportunidades em Matosinhos

Após a marcha de Gaia, Jerónimo de Sousa deslocou-se até Matosinhos, onde, acompanhado por José Pedro Rodrigues, cabeça-de-lista à Câmara Municipal, contactou com a população e com os comerciantes locais.

Neste concelho, também o desemprego é um dos principais problemas. «Nem a gravidade da crise levou a Câmara Municipal a definir uma estratégia para defender e apoiar a produção industrial», acusou José Pedro Rodrigues, informando que o actual presidente da autarquia admitiu recentemente tratar-se de uma opção deliberada.

«Enquanto no País o desemprego aumentou 25 por cento, em Matosinhos aumentou 37 por cento. E se olharmos para o número da desgraça que atinge as novas gerações, os números são muito mais aterradores. No período correspondente a este mandato, ou seja, entre Julho de 2010 e Julho deste ano, o desemprego aumentou no País 31 por cento e em Matosinhos 62 por cento, o dobro», alertou o candidato da CDU, frisando: «Esta tragédia tem que ter um fim! Precisamos de romper com este rumo, esta visão limitada que está a criar um concelho onde se vive com cada vez mais dificuldades e onde há cada vez menos trabalho e oportunidades.»


Comício em Braga
As populações podem confiar na CDU

No sábado à noite, Jerónimo de Sousa participou num comício em Braga, que contou ainda com as intervenções de Carlos Almeida, cabeça-de-lista à Câmara Municipal, e de Paulo Sousa, candidato à Assembleia Municipal. Antes subiu ao palco o Grupo de Cantares da Terra.

Na Avenida Central, onde estiveram centenas de pessoas, o Secretário-geral do PCP afirmou que o Governo tem medo que os portugueses saibam, antes das eleições autárquicas, o conteúdo da proposta de Orçamento do Estado para 2014, com o anúncio de cortes (3500 milhões de euros) que se traduzirão em milhares de despedimentos, que afectarão as áreas da saúde, da educação e da protecção social. «Eles querem adiar o conhecimento dos portugueses em relação a essas medidas. Mas à cautela, a melhor prova para recusar essas ameaças é votar na CDU para garantir uma vida melhor», sublinhou Jerónimo de Sousa.

Decisões erradas

Também Carlos Almeida lembrou que no próximo acto eleitoral não estão apenas «em jogo questões locais» e que «há muito mais para decidir». «Braga não está isolada do mundo, muito menos do País. E, também por isso, a sua população é atingida pelas decisões que se tomam no Governo nacional. Decisões que têm conduzido ao agravamento das dificuldades do povo e ao seu empobrecimento», afirmou o candidato, manifestando confiança que «aqueles que hoje estão sem emprego ou os que se perpetuam na precariedade laboral imposta pela legislação aprovada pela coligação PSD/CDS na Assembleia da República, não darão o seu apoio aos rostos que em Braga representam e suportam esse malfadado Governo de direita».

Por seu lado, Paulo Sousa, dirigente do Partido Ecologista «Os Verdes» e candidato à Assembleia Municipal, afirmou que em Braga «urge um novo ciclo político» que «varra de vez os tiques do absolutismo e do fascismo que incrivelmente ainda parecem querer assombrar» o concelho, que «leve de vez o culto da personalidade e que acabe com a mitificação de tornar verdadeiros bandidos em santos» e que «elimine alguns resquícios de feudalismo que certos poderes de Braga ainda parecem querer manter».


O voto que não trai

Jerónimo de Sousa participou, sexta-feira, na apresentação dos candidatos da CDU à Câmara e Assembleia Municipal da Covilhã, bem como às assembleias de freguesia do concelho.

Em Boidobra, o Secretário-geral do PCP valorizou o trabalho feito naquela freguesia, «um exemplo concreto do projecto e da forma de estar da CDU», e manifestou confiança de que o actual presidente da Junta, José Pinto, será o próximo presidente da Câmara da Covilhã.

«Vale a pena votar na CDU porque esta força política não está comprometida com a política de direita, porque tem homens e mulheres sérios, pessoas honestas, que querem trabalhar. Nos tempos que correm, com tanta gente a mentir, a dizer uma coisa em campanha eleitoral e a fazer outra quando são poder, a forma certa e segura de que o voto não será traído é votar na CDU», disse Jerónimo de Sousa.




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