Na reunião de diálogo para a paz na Colômbia, que se realiza no Palácio das Convenções de Havana, em Cuba, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) propuseram a criação de uma Comissão com colombianos e estrangeiros para estudar a história do conflito, desde que começou a violência naquele país. Na agenda, além do tema agrário, já discutido, e da participação política, em debate, constam outros aspectos como a atenção às vítimas, o problema do narcotráfico e o fim do conflito armado. A delegação das FARC-EP defendeu, a propósito das vítimas deste conflito, que a Comissão fizesse uma revisão do Relatório Geral do Grupo Memória Histórica, promovido pelo governo colombiano, «com sensatez, realismo e compromisso com a verdade», não ignorando a responsabilidade dos meios de comunicação, da igreja oficial, das potências estrangeiras, particularmente os EUA, dos latifundiários, dos empresários e do sector financeiro.