Os artistas da festa
António Zambujo
Do Alentejo para o mundo, a obra de António Zambujo é reconhecida nos quatro cantos do globo, aclamada, por exemplo, no Brasil (com apoiantes tão ilustres quanto Caetano Veloso ou Chico Buarque) ou nos Estados Unidos (com rasgados aplausos do incontornável The New York Times).
O seu álbum «Quinto», editado em Abril de 2012, sob a chancela da Universal Music Portugal, entrou directamente para o 2.º lugar do top nacional de vendas, depois de ter liderado o top iTunes.
Batida
«Batida» é o projecto musical «luso-afro-qualquer-coisa» de Pedro Coquenão, já com dois CD editados, amplamente salientados pela imprensa da especialidade dentro e fora do País. Com elogiadas actuações em vários palcos europeus, as raízes de «Batida» estendem-se à memória da música angolana, ao pulsar electrónico da diáspora africana, à linguagem dançante que se espalhou por todo o planeta.
Boca Doce
Banda rock de versões de música portuguesa, «Boca Doce» foi formada em 2009, no concelho de Cascais, por actuais e antigos membros de grupos nacionais de referência (Aside, Fiona at Forty, Primitive Reason, Peste e Sida e We are the Damned). Inspirados em temas que marcaram e continuam a marcar a música portuguesa, os seus cinco elementos compuseram versões arrojadas, em que apostam no sentido de humor, criatividade e num espectáculo visual repleto de pormenores.
Cristina Branco
Já com mais de uma dezena de álbuns editados e uma carreira sólida que começou na Holanda, em 1996, Cristina Branco define-se como uma «voz nómada», sempre à procura de «novos contextos, novos significados musicais, novos desafios». Com o seu novo trabalho «Alegria», a cantora de Almeirim veste a pele de 12 personagens em temas originais e reinterpretações como «Construção», de Chico Buarque, «Alice no país dos matraquilhos», de Sérgio Godinho, ou «Cherokee Louise» de Joni Mitchell.
Dazkarieh
Os Dazkarieh são um dos projectos mais originais na cena musical portuguesa. Inspirando-se em sonoridades de várias culturas do mundo, misturam também os instrumentos mais comuns como bateria e guitarra acústica com instrumentos tradicionais portugueses (cavaquinho, braguesa, adufe, gaita de foles) e até de outras proveniências como a nickelharpa sueca. E não hesitam em recorrer ao processamento analógico e digital, a quem nem a voz suave de Joana Negrão escapa.
Deolinda
Com um novo disco de originais acabado de lançar, «Deolinda» é hoje uma das bandas mais populares e premiadas da música portuguesa. A canção «Parva que Sou», estreada em Janeiro de 2011, de imediato se tornou um hino de uma geração «à rasca», que luta por uma vida digna e um futuro com perspectivas. Agora, «Deolinda» apresenta o seu novo trabalho «Mundo Pequenino», disco gravado no Porto no Boomstudios, produzido pelo britânico Jerry Boys e pela própria banda, que se junta ao seu extenso rol de êxitos.
Expensive Soul
Desde a saída do Utopia (2010) que os Expensive Soul têm andado numa roda viva, mas mesmo assim encontraram tempo para preparar um novo disco, de que sobressai o tema «Cupido». O disco foi gravado «à antiga», dispensando sintetizadores, para chegar à sonoridade pretendida. Na Festa, a tocará alguns dos temas do próximo álbum, mas também alguns dos seus hit e do memorável concerto que fizeram na Atalaia em 2011.
Fantcha
Fantcha é uma cantora cabo-verdiana que trará a tradicional morna à Festa do Avante!. Sob uma enorme influência de Cesária Évora, com quem fez uma digressão aos Estados Unidos (e após a qual decidiu radicar-se naquele país), a artista já editou três álbuns de originais, sendo o último Amor, Mar e Música, muito celebrado entre a comunidade musical cabo-verdiana.
Gisela João
«Não é fadista quem quer, mas sim quem nasceu fadista», palavras de Gisela João que lhe assentam perfeitamente. A fadista, apontada por Camané como a grande aposta para 2013, apresenta-se com o seu disco de estreia, onde mistura histórias de amor com retratos da realidade social, num fado menos estilizado mas ainda assim bastante genuíno.
Guitar not so Slim (Blues) Espanha
Os Guitar Not So Slim refrescaram o panorama musical espanhol misturando o melhor de dois mundos, o antigo e o novo, tanto em termos musicais como de continentes. O outro lado do Atlântico está representado pelo norte-americano Troy Nahumko (guitarra e vocais), enquanto o lado de cá conta com o peso de Moi Martin (baixo e vocais), José Luis 'Harmonica' Naranjo (harmónica) e Lalo Gonzalez (bateria). O resultado é um tipo de música que dispõe bem toda a gente.
Kalú
Falar de Kalú – um nome que dispensa introduções – é falar de rock, mas também de revolução, energia e intervenção. Fundador da maior «instituição» da música portuguesa, o baterista dos Xutos & Pontapés expõe-se, em 2013, pela primeira vez a solo. «Comunicação» é a sua estreia em nome próprio. Uma experiência a seguir com atenção, na certeza que de muitos se vão render à sua criatividade.
Kumpania Algazarra
Surgidos em 2004, em Sintra, os Kumpania Algazarra sofrem influência de diversos estilos musicais e misturam sons vindos de todos os continentes, fazendo dos seus espectáculos autênticas viagens sonoras. Já com nome estabelecido no panorama nacional e internacional, a banda lançou, em 2013, o segundo álbum, A Festa Continua, uma celebração da cultura sem fronteiras.
Los Aslándticos (Espanha)
A Festa ficará mais animada quando os Los Aslándticos entrarem em palco. O terceiro disco da banda, Lo bueno, é uma alegoria ao optimismo que não deixa ninguém indiferente, quer pelo seu ritmo, quer pela sua melodia. Segundo a jornalista Rafa López escreveu no Rock Estatal, este disco é «uma ode à clarividência, uma radiografia da alma e uma fotografia do nosso tempo».
Maíra Freitas (Brasil)
Pianista de formação clássica, Maíra Freitas, a menina prodígio do clã Martinho da Vila, é também cantora e compositora. Nas suas actuações mostra o seu talento, bom humor e elegância, ao mesmo tempo que mistura os sons melódicos do piano com os ritmos da bateria e da percussão. Depois de passar por grandes palcos da Europa e da América do Sul e do Norte, Maíra Freitas chega a Portugal com o seu incomparável e imparável swing.
Mariem Hassan (Sara Ocidental)
Conhecida como a «Diva do Deserto», Mariem Hassan nasceu e viveu no Sahara Ocidental, até à ocupação do território por Marrocos. Começou a sua carreira profissional com o grupo Mártir Luali, mas consolida-se no panorama da música a título individual com Deseos. Em 2012, a Primavera Árabe e a luta saharaui pela independência marcam o seu mais recente trabalho, El Aaiún Egdat, onde explora os blues, o jazz e sons contemporâneos.
Nu Soul Family
A paixão pela música juntou Virgul (Da Weasel), Dino (Dino & the Soulmotion), B@ssman (Puzzle, Bambs Cooper) e DJ Alan Gul (Bambs Cooper) no projecto Nu Soul Familiy. Numa mistura electrizante de estilos, a banda conta já com dois discos (Never Too Late to Dance e Unconditional Love) e com diversos prémios de elevada importância, confirmando o percurso que lhe granjeou uma sólida e leal legião de fãs.
Os Eléctricos
Formados em Lisboa, no princípio de 2010, adoptaram o charme alfacinha dançante dos anos 40 e seguiram na aventura Rock`n`Rol dos anos 50. Viajam no tempo e na música e erguem um cenário com um Tejo intemporal e uma Lisboa viva de bairros. O Tango convida o Country & Western para o salão de baile da sociedade recreativa, a Valsa tem um romance de Verão com o Punk Rock à moda de Alvalade, o Rockabilly faz uma desgarrada com a Marcha Popular, o Fado entrelaça versos fraseados com Blues.
Pé na Terra
A sua arte nasce num cruzamento de ideias, estilos e experiências, a beber inspiração na música tradicional portuguesa. A juventude dos membros do grupo casa-se com as velhas raízes populares, para criar algo único, transcendental e belo. Vêem-se como caçadores de notas, exploradores de melodias, inventores de ritmos, a erguer os pilares de uma ponte entre a tradição musical de um País quase milenar e as contemporâneas influências do rock e do pop.
Primitive Reason
Desde 1993, têm sido pioneiros a cruzar os estilos do ska, do rock, do reggae e do funk. Estão a festejar 20 anos de carreira com o lançamento do seu sexto álbum, Power To The People, procurando compensar os fãs mais dedicados por seis anos de espera. Querem continuar a ser jovens, irreverentes, contestatários, enérgicos, mostrando-se vivos e explosivos como nunca.
Quartet of Woah
O cartão de visita do grupo fala por si: considerado como um dos dez melhores discos portugueses conceptuais de sempre, o primeiro álbum da banda, Ultrabomb, editado pela Raging Planet em Novembro de 2012, mereceu, desde logo, a atenção da crítica nacional e internacional.
Ultrabomb é um álbum de crítica política e social. Embora se situe num universo fictício, o seu enredo adequa-se aos tempos de mudança que hoje vivemos.
Rat Swinger
João San Payo (Peste & Sida), Ian Mucznik (Los Tomatos, Real Combo Lisbonense) e João Leitão (Irmãos Catita) juntaram-se para recriar, nas actuações ao vivo, os ambientes musicais dos fumarentos night clubs e cabarets europeus, dos anos 1930-40, influenciados pelo swing americano. Indicam como maior referência Django Reinhardt, pai do swing manouche.
Sérgio Godinho
Regressa ao Palco 25 de Abril, para uma viagem à sua obra com a participação d’ «Os Assessores». Connosco desde Os Sobreviventes, tem sido, há quatro décadas, uma presença constante com canções que acompanham diferentes gerações, numa narrativa transversal preenchida com declarações de amor e casos do dia-a-dia, com simples olhares ou com a contundência de quem não observa apenas.
Serva La Bari (Espanha)
Nascidos como grupo em Portugal, Joaquín Moreno (cante), Francisco Morales «El Pulga» (guitarra flamenca), Carlos Mil-Homens (percussão) contam mais de dez anos ao serviço da divulgação da arte e da cultura flamencas, nos palcos do nosso País e em várias cidades europeias. Acompanha-os um corpo de baile, com Sofia Abraços e «El Maleno», considerados dos melhores «bailaores» que por cá trabalham.
Skalibans
Com nove anos de carreira, os Skalibans já se podem considerar como uma banda em sólida ascensão nacional. Sem nunca perder a identidade ska/reggae, o seu novo álbum, Second by Second, mostra a evolução da banda e a sua vontade em se superar e reinventar constantemente. A dinâmica, sonoridade e postura dos Skalibans, levam os seus públicos ao rubro.
Stonebones & Bad Spaghetti
Formados em 2009, os Stonebones & Bad Spaghetti são a banda de bluegrass portuguesa que se distingue pela energia da sua música e desempenho em palco.
Com um andamento rápido, alegre e festivo, a banda já foi convidada para diversos festivais de renome na Europa. Ao vivo interpretam temas tradicionais e inéditos, cantados em português, parte deles presentes no seu EP de apresentação Ai Portugal.
The Garlic Naan Band
Com cinco membros na sua formação, os The Garlic Naan Band são uma banda de rock'n'roll com uma forte ligação aos blues, ao country rock e ao southern rock. Inspirados em bandas como The Band, The Eagles e Lynyrd Skynyrd, as melodias, a voz e os coros desta banda portuguesa transportam os ouvintes para outras paisagens.
The Godspeed Society
Os The Godspeed Society, uma banda lisboeta, aliaram a música a outras formas de arte – como a literatura, o cinema, o teatro e a banda desenhada – e criaram deste modo um universo à parte, como se comprova pelo seu primeiro Killing Tale, composto por um CD e um livro. A mistura de sons diferenciados e instrumentos incomum garantiu a presença da banda em diversos e importantes palcos nacionais.
The Parkinsons
O novo disco dos The Parkinsons, Back to Life, marca o regresso da banda à vida musical, com uma nítida mudança em relação ao passado, mantendo em termos líricos, no entanto, a mesma linha quase niilista e de aversão a uma sociedade sem rumo. Considerados como uma das bandas de culto do Punk Rock, os The Parkinsons têm dividido a sua carreira entre Portugal e o Reino Unido.
The Poppers
Os The Poppers são uma banda lisboeta com uma sonoridade inspirada no Rock'n'Roll dos anos sessenta, mas não se esgotando nele. Up With Lust, segundo álbum do grupo, presenteia os ouvintes com uma formação mais amadurecida e experiente, com uma atitude mais provocante e cativante que, de acordo com a Blitz, faz deste uns dos melhores álbuns de 2010.
UHF
Os UHF trazem à Festa do Avante! A Minha Geração, álbum editado no dia 24 de Junho de 2013, fruto de diversos ciclos criativos que agora se cruzaram. A banda de Rock'n'Roll de Almada, que celebra 35 anos de uma carreira recheada de grandes sucessos, demonstrará em palco o porquê de serem uma das bandas mais antigas de Portugal ainda no activo, com a força e a energia a que sempre habituaram os seus públicos.
Xutos & Pontapés
Rock'n'roll em português, por portugueses, para portugueses é a imagem de marca da banda nacional com maior longevidade neste género musical. Tim, Zé Pedro, Kalú, João Cabeleira e Gui acreditam na força do rock`n`roll, na energia de estar em palco de partilhar as canções com o público que fez delas hinos. Os Xutos continuam a arrastar multidões e gerações inteiras, pais e filhos, celebram em conjunto canções que já fazem parte da nossa história, da nossa vida. Há mais de três décadas que é assim.
Zé Luís (Cabo Verde)
Zé Luís traz de Cabo Verde o seu carisma e a voz quente e cativante já característicos na sua morna. A música, outrora apenas um passatempo, eleva-se agora a lugar central na sua vida, ao emergir para um público maior, pela força de uma voz que não poderia ficar como privilégio de tão poucos. Jorge Lima Alves descreve o seu disco de estreia como simples e belo, profundo e cativante, como tudo deveria ser.