Cerca de quatro mil pessoas participaram no 18.º Piquenicão, que se realizou, domingo, no Crato. A iniciativa, promovida pelo MURPI, contou com pessoas do Porto, Coimbra, Covilhã, Lisboa, Santarém, Setúbal, Évora, Beja, Litoral Alentejano e Portalegre.
Depois da actuação da Banda Filarmónica do Crato e dos grupos de cantares, de todo o País, interveio o presidente da autarquia, que saudou os participantes e manifestou solidariedade para com a luta dos reformados, que têm sido bastante penalizados com a política executada pelo PSD/CDS. Neste sentido, o autarca apelou à necessidade de derrubar o Governo.
Por seu lado, Casimiro Menezes, presidente do MURPI (Confederação Nacional dos Reformados, Pensionistas e Idosos), realçou a grandeza do 18.º Piquenicão, que superou as melhores expectativas. Informou ainda que, no dia 9 de Julho, o MURPI vai entregar uma petição ao Governo onde estão plasmadas as reivindicações dos reformados, como a reposição dos subsídios roubados, o aumento de todas as pensões, a abolição das taxas moderadoras e a defesa do Serviço Nacional de Saúde, e a reposição do desconto de 50 por cento nos transportes públicos.
«Continuaremos a lutar pelo cumprimento cabal das funções sociais do Estado, como está consignado na Constituição da República», sublinhou Casimiro Menezes. Aos que «começam agora a falar que é preciso reformular o Estado Social, com o objectivo de reduzir ainda mais as pensões e a protecção social, alegando que as actuais e futuras gerações não podem suportar os encargos com os actuais e futuros pensionistas», Casimiro Menezes respondeu: «Estão a mentir, pois os actuais pensionistas pagaram ao longo da sua vida de trabalho importantes impostos e descontos, não só para assegurar uma velhice digna, como também contribuíram para que os sistemas de saúde e de ensino funcionassem, para assegurar o crescimento e o desenvolvimento académico das actuais gerações de jovens».