Austeridade agrava contas do Estado
Depois de dois anos de brutais aumentos de impostos e intoleráveis cortes nos direitos sociais, nos salários e nas pensões, as contas do Estado estão pior do que nunca.
É o que se constata nos dados divulgados, dia 28, pelo Instituto Nacional de Estatística, segundo os quais o défice orçamental das Administrações Públicas no primeiro trimestre atingiu os 10,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). E mesmo descontando a recapitalização do Banif, paga pelos contribuintes, o défice teria ficado nos 8,8 por cento, muito acima das previsões e objectivo proclamados pelo Governo.
Os dados do INE revelam ainda que a taxa de poupança das famílias aumentou para os 12,9 por cento do rendimento disponível no primeiro trimestre, tendo sido de 11,6 por cento em 2012.
Além disso, a capacidade de financiamento da economia portuguesa melhorou até Março, chegando aos 1,2 por cento do PIB (no final de 2012 era de 0,3%), mas as necessidades de financiamento das Administrações Públicas agravaram-se, passando dos 6,4 por cento para os 7,1 por cento no mesmo período.