Na edição de Junho do boletim do sector da Saúde da Organização Regional de Braga do PCP destaca-se os sérios problemas do Hospital Escala Braga, que estiveram na origem da greve dos anestesistas e que, na opinião do PCP, deveriam ter levado o Governo a instaurar de imediato um inquérito. Entre as razões invocadas para a paralisação, algumas relacionam-se com a qualidade dos cuidados e a segurança dos doentes. Para o PCP, isto vem dar razão aos sucessivos alertas que fez contra a entrega do hospital à gestão privada do Grupo Mello, contrária não só aos interesses dos doentes que a ele acorrem como aos dos próprios profissionais. Ao longo do tempo, sucessivas «medidas e decisões da gestão do Grupo Mello suscitaram o protesto e a intervenção do PCP, designadamente na Assembleia da República sem que da parte do Ministério da Saúde houvesse um resposta clara e transparente da parte de quem, como entidade contratante, devia zelar pelo interesse público». Este é mais um caso de união entre um grupo económico que tem como finalidade gerar lucros compensadores e um Governo que pretende «esvaziar e destruir o Serviço Nacional de Saúde com a privatização das suas unidades e a entrega a grupos privados».