Resposta de unidade contra o roubo

Em greve pelos salários

Os trabalhadores do Contact Center da EDP, em Seia, trabalham para uma empresa que dá lucros milionários aos accionistas. Não aceitam receber apenas o salário mínimo, nem o roubo no valor das horas.

Além de ganharem pouco, sofreram graves cortes

Image 13286

Este é mais um caso, que ganhou maior visibilidade com a greve realizada na segunda-feira e que teve a adesão de mais de 50 por cento dos quase 500 trabalhadores. Contratados pela Reditus, como empresa prestadora de serviços, decidiram em plenário, no final de Abril, recorrer à greve, para exigirem melhores salários e que a empresa recue na redução do pagamento das horas extraordinárias, bem como na retirada dos descansos compensatórios – roubos impostos à boleia das alterações do Código do Trabalho, no Verão passado.
Durante a greve, os trabalhadores aprovaram uma resolução onde voltaram a colocar as suas reivindicações, destacando-se o aumento salarial de um euro por dia, o equivalente a 30 euros por mês, a par do apoio à reivindicação da CGTP-IN de aumento do salário mínimo nacional neste montante. «Apesar de trabalharem para uma empresa extremamente lucrativa, a EDP, estes trabalhadores ganham apenas o salário mínimo nacional» e «a administração da Reditus quer impor, por acto de gestão, apenas 10 euros por mês de aumento salarial, quando já não têm aumento no salário há mais de três anos e sofrem também as medidas de austeridade impostas pela troika e pelo Governo», refere-se no documento, divulgado pelo SITE Centro-Norte e citado pela agência Lusa.
Os trabalhadores protestam ainda contra o facto de que «vão ter que trabalhar mais de sete dias gratuitamente, por força do corte da majoração dos três dias de férias e dos quatro feriados».
Uma delegação do organismo de empresas e locais de trabalho, da Organização Concelhia de Seia do PCP, esteve com os trabalhadores, no dia da greve, a prestar-lhes solidariedade. Hoje, o Partido iria ali distribuir um comunicado a saudar a coragem e a determinação demonstradas no dia 27 e a apelar à união e ao prosseguimento da luta, assinalando o primeiro dos feriados roubados aos trabalhadores.

Portalex

Pela defesa do seu caderno reivindicativo e contra a retirada de direitos, teve lugar, durante toda a semana passada, uma série de greves de duas horas por turno, na Portalex, no Cacém. Uma delegação da Organização Concelhia de Sintra do PCP, de que fez parte Pedro Ventura, vereador e primeiro candidato na lista da CDU às eleições para a Câmara Municipal, esteve com os trabalhadores ao fim da manhã de dia 24, saudando esta corajosa luta por aumentos salariais e para que seja cumprido o direito à negociação colectiva. Foi deixado também um apelo a que não desistam desta batalha e dêem o seu contributo para uma alteração política que seja favorável a quem trabalha.

Limpeza

No dia 27, segunda-feira, decorreu uma greve de 24 horas dos trabalhadores da empresa de limpeza industrial Ambiente & Jardim, com a realização de concentrações de protesto no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, na estação do Rossio da CP e junto à sede da firma, em Sacavém. O STAD/CGTP-IN explicou que a luta foi desencadeada contra o não pagamento de horas nocturnas, trabalho extraordinário e subsídio de transportes, contra a alteração ilegal de horários e contra a violação de outros direitos. A empresa tem trabalhadores a prestarem serviço no Centro Hospitalar de Setúbal e nas estações da CP de Contumil (Porto), Algueirão-Mem Martins e Campolide.



Mais artigos de: Trabalhadores

Fenprof rejeita «mínimos»

A Federação Nacional dos Professores considerou ilegal a exigência de serviços mínimos na greve de 17 de Junho e vai amanhã tomar decisões sobre os próximos passos da resposta à ofensiva do Governo.

Devolvam os feriados!

Decorre hoje, em todo o País, uma jornada de protesto e luta contra o roubo dos feriados e a imposição de trabalho gratuito. Convocada pela CGTP-IN, esta é uma acção que passa pela realização de greves, paralisações,...

Cofinca promete pagar

Ao fim de uma semana de greves parciais, pelo pagamento dos salários em atraso e por garantias quanto ao futuro da empresa, os trabalhadores da têxtil Cofinca, em Vila Verde, decidiram na segunda-feira retomar a laboração, porque a administração assumiu o compromisso de usar,...

O vrummmmm das fábricas<br>que não existe

O vrummmmmm das fábricas que não existeOs motores que não roncam, porque nada produzem O ui, ui, ai, ai que paira no arnas algibeiras vaziasdo terceiro estadodesta nação trespassada, arrendada ou vendida? O toque-toque que se ouve nas portas e nos passosdaqueles que pedindo...