Os eleitos do PCP nos órgãos autárquicos de Lisboa condenaram, em nota de imprensa, as declarações de António Costa, presidente da Câmara de Lisboa (CML), que anunciou a municipalização do Metro e da Carris, afirmando «demagogicamente» que o objectivo seria a melhoria da mobilidade e dos transportes na cidade, quando, desde o seu primeiro mandato, em 2007, «pouco ou nada fez para que as administrações das respectivas empresas melhorassem a qualidade e a quantidade de autocarros e composições de Metro de modo a permitir uma maior qualidade na utilização do transporte público».

«Todos sabemos que com o consentimento da CML o número de carreiras da Carris foi reduzido e os horários diminuídos, quer à noite, quer ao fim de semana. No Metro a situação é igualmente preocupante, dado que foi reduzido o número de carruagens na linha verde e aumentado em todas as redes os tempos de espera, e ainda diminuída a velocidade de circulação», condenam os comunistas, denunciando que a intenção de António Costa «não é municipalizar as empresas para prestar melhores serviços à população, é sim ser ele, como Presidente da Câmara, o intermediário do negócio de privatização destas duas empresas».