O desemprego combate-se
O Governo promove o desemprego
Com a sua política e as medidas que lhe dão corpo, o Governo promove o desemprego e dá o exemplo aos patrões. Apenas a resistência e a luta dos trabalhadores se interpõem no caminho da destruição de emprego e da liquidação de direitos.
Depois de o Governo ter anunciado a intenção de despedir dezenas de milhares de trabalhadores da Administração Pública, designadamente na educação e ensino, tem lugar hoje uma reunião extraordinária do Secretariado Nacional da Fenprof, onde será analisado o prosseguimento da luta.
Para protestar e exigir medidas que combatam o desemprego, o encerramento e a deslocalização de empresas, nomeadamente multinacionais, o SITE Norte realiza hoje, às 16 horas, na Avenida da Boavista, no Porto, uma concentração de representantes dos trabalhadores das indústrias metalúrgica, química, farmacêutica, energia, gráfica, papel e imprensa. Nesta acção participa o Secretário-geral da CGTP-IN, que antes estará em Braga, com trabalhadores da Bosch, da Delphi e da Fehst (nesta foi imposto mais um despedimento colectivo, de 40 pessoas).
O PCP e o SIESI/CGTP-IN denunciaram na semana passada o despedimento colectivo de 37 pessoas na Talaris, em Torres Vedras, única fábrica de terminais Multibanco no País.
O Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Financeira apelou ao pessoal do Barclays para que não aceite qualquer «rescisão amigável» e defenda os postos de trabalho. O banco pretende despedir 350 trabalhadores, notando o Sintaf/CGTP-IN que o sector bancário tem sido o que apresenta mais lucros e recebe ajuda dos governos e da Comissão Europeia.
Contra a brutal redução da força de trabalho na RTP, objectivo que se destaca na «reestruturação» pretendida pelo Governo, uma plataforma de cinco sindicatos prometeu na semana passada «tomar todas as medidas».
Para amanhã, à tarde, no Barreiro, o Movimento dos Trabalhadores Desempregados anunciou actos simbólicos de denúncia e alerta.