Obstáculos à paz
O primeiro secretário das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) considera que «altos interesses externos e internos pressionam fortemente para a descabelada solução militar do conflito», para que «terminem as conversações de paz» que decorrem em Cuba entre a guerrilha e governo, isto apesar de «haver um clamor popular pela paz e a justiça social».
Em comunicado difundido na página de internet da organização, Timoleón Jiménez adverte o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, a «ponderar bem os seus cálculos» quando porta-vozes oficiais, líderes políticos e empresariais acusam as FARC de continuarem as acções armadas, sobretudo porque, sublinha, foi «o governo que impôs a continuação do diálogo paralelamente ao confronto militar» findo o cessar-fogo unilateral decretado pela guerrilha.
Entretanto, como sinal de boa-fé, as FARC decidiram libertar dois polícias e um soldado capturados em combate, processo que pretendem que seja mediado pelas organizações Colombianos e Colombianas pela Paz e Cruz Vermelha Internacional.