
Na sexta-feira, 18, a PSP utilizou gás pimenta contra os estudantes, com idades entre os 14 e os 18 anos, da Escola Secundária de Alberto Sampaio, em Braga, que se manifestavam contra a criação dos mega-agrupamentos. A Organização Regional de Braga da JCP, repudiou, em nota de imprensa, «a actuação das forças de segurança no terreno», sublinhando que «de forma violenta e desproporcional actuaram sobre os estudantes que se manifestavam de forma pacífica». A JCP criticou igualmente a política que está a ser implementada pelo Governo, acusando-o de «uma visão meramente economicista que tem como objectivo a degradação da Escola Pública, o despedimento de professores e funcionários, a diminuição de serviços, o aumento do número de alunos por turma, atacar a gestão democrática e colectiva das escolas, em síntese, destruir a escola que o povo português construiu com Abril».
Também o Sindicato dos Professores do Norte condenou «veementemente» a actuação da polícia, tendo exigido a abertura de um inquérito para apurar responsabilidades. Em comunicado, o Sindicato considera que «enviar polícia de intervenção, de forma ostensiva, contra alunos que, pacificamente, se manifestavam contra medidas que vão prejudicar claramente a Escola Pública que frequentam, é assumir uma posição de autoritarismo e de não respeito pelo direito à indignação».
Por seu lado, Carla Cruz e António Filipe, deputados do PCP na Assembleia da República, questionaram o Ministério da Administração Interna sobre «qual a justificação para que tenha sido levada a cabo tal acção policial». Para os comunistas, esta situação «nada justifica a actuação das forças de segurança pública na medida em que a acção dos alunos em nada perturbava a ordem pública».
Em Portugal, de acordo com a Informação Mensal do Mercado de Emprego, publicada no dia 18 pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), o número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 17,4 por cento em Dezembro de 2012, em comparação com o mesmo mês de 2011, atingindo os 710 652 desempregados. Segundo o IEFP, o número de jovens desempregados registou um aumento de 19,6 por cento, e os desempregados inscritos há menos de um ano aumentaram 11,1 por cento, enquanto os de longa duração apresentaram uma subida de 27,9 por cento.
No dia 15 de Janeiro, fez 20 anos que faleceu Carlos Pinhão, jornalista desportivo, que deixou uma marca muito particular na relação do desporto com a cultura, através de crónicas no jornal «A Bola» e em livros de humor, poesia e literatura infantil, onde se destacou. O seu primeiro livro para crianças «Bichos de Abril», foi publicado em 1975, seguindo-se, em 1979, «Gaivotas com Óculos», em 1981, «O Professor do Pijama Azul», em 1983, «O Coelho Atleta e a sua Escola de Desporto», e, em 1991, «Abril Futebol Clube», o último livro publicado com o autor vivo. Numa edição póstuma, foi ainda publicado, em 1994, o livro «João Campeão».
Como jornalista, para além de «A Bola», onde permaneceu até morrer, Carlos Pinhão foi correspondente em vários jornais desportivos de Espanha (A Marca), França (France Soir) e da Bélgica (Les Sprorts). Foi ainda colunista noutros títulos da imprensa regional e nacional, como o «Público».
O Museu do Neo-Realismo foi, este ano, premiado pela Associação Portuguesa de Museologia, com o prémio «Melhor Serviço de Extensão Cultural/2012», referente à programação geral das Comemorações do Centenário do Escritor Alves Redol (2011). «Este prémio é, ao mesmo tempo, de todas as instituições e colectividades que contribuíram para uma intensa programação evocativa desse grande escritor do neorrealismo português», salientou David Santos, Coordenador do Museu do Neo-Realismo.