Protesto no Funchal

À entrada da Escola de Hotelaria do Funchal, onde o secretário regional da Educação e Recursos Humanos (responsável também pela área do Trabalho) promoveu um jantar de Ano Novo com representantes dos parceiros sociais, concentraram-se na sexta-feira várias dezenas de trabalhadores, activistas e dirigentes da União dos Sindicatos da Madeira e outras estruturas da CGTP-IN na região, que receberam Jaime Freitas com sonoros protestos.

Na rua foi encenado um piquenique, com ossos sem carne, espinhas de bacalhau e semilhas (batatas) com grelos – a acentuar as consequências da política de austeridade e as dificuldades por que passam os trabalhadores, em contraste com o jantar oferecido pelo governante. Este, como refere a agência Lusa, confessou à comunicação social que já estava à espera daquela recepção «por parte de quem é sempre convidado para este jantar de parceiros sociais, mas nunca comparece».

Álvaro Silva, dirigente da USAM e da CGTP-IN, criticou a falta de diálogo do secretário regional, lembrou que o desemprego ultrapassa as 23 mil pessoas e protestou contra a fome na casa dos trabalhadores, enquanto milhares de euros foram gastos naquele banquete.




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