Frankfurt
Os bancos europeus têm de se unir para fazer face à concorrência dos BRIC, considerou o presidente do Deutsch Bank (DB). Para Juergen Fitschen, as entidades congéneres do Brasil, Rússia, Índia e China fazem sombra ao poder do capital financeiro da Europa.
O presidente do DB garantiu ao jornal Boersen Zeitung que o banco germânico não tem, para já, nenhuma aquisição prevista na sua agenda de negócios. Fitschen focou, antes, a necessidade de repensar os custos que diz serem crescentes com os funcionários europeus, e, nesse âmbito, manifestou-se favorável à partilha de plataformas comuns entre entidades europeias, tirando partido das novas tecnologias de informação e comunicação.
Antes, o presidente do Banco Central Alemão, Jens Weidmann, assegurou que a crise da moeda única ainda está longe do fim porque as suas causas ainda não foram resolvidas.
Ao Frankfurter Allegemeine Sonntagszeitung, Weidmann rejeitou a mutualização dos riscos de solvência de alguns países europeus, através do Banco Central Europeu, propôs que os membros da zona euro envolvidos em crises de dívida soberana continuem a aplicar as reformas exigidas, e que a quantidade de dívida detida pelos bancos seja limitada e os títulos cobertos por capital.