Os estrangeiros indocumentados estão expostos a tratamento inumano, denunciou, terça-feira, a Amnistia Internacional. Para a organização, estes trabalhadores são sujeitos a «exploração, detenções arbitrárias e indefinidas e a agressões que, em certos casos, podem considerar-se tortura», o que ocorre no contexto de um país onde «impera um ambiente de anarquia, racismo e xenofobia».

As conclusões da AI, citadas pela Lusa, constam de um relatório que inclui testemunhos de detidos em centros que, na sua maioria, são geridos pelas milícias. A União Europeia é severamente criticada no documento, sendo acusada de ter estabelecido com os chefes líbios um diálogo sobre imigração única e exclusivamente para travar a vaga de ilegais para a Europa, abstendo-se de «reconhecer a magnitude dos abusos perpetrados pelas milícias e impor medidas para proteger os estrangeiros da violência e dos abusos».