Eslovénia assume activos «tóxicos»
O parlamento esloveno aprovou, dia 23, pela segunda vez, uma lei que visa a criação de uma instituição pública para absorver os activos «tóxicos» da banca privada, avaliados em seis mil milhões de euros.
Já no início de Outubro o hemiciclo havia aprovado o mesmo diploma, mas este foi rejeitado pelo Conselho de Estado, órgão que pôs em causa a sua constitucionalidade.
O governo justifica a medida com a situação crítica do sistema bancário «à beira de se afundar», tendo o próprio FMI apoiado a criação de um «banco mau» para aliviar a banca privada.
Confirmada pelo parlamento, a lei pode ainda ser sujeita a referendo, caso os sindicatos consigam reunir 400 mil assinaturas para esse fim. Os sindicatos opõem-se à solução pois sabem bem que, ao assumir prejuízos privados, o Estado fará recair o ónus sobre os trabalhadores.