Futuro hipotecado
O Secretariado da Comissão Concelhia de Évora do PCP repudia a adesão de Évora ao famigerado PAEL (Programa de Apoio à Economia Local), decidida pela Assembleia Municipal, com os votos favoráveis do PS e do PSD. Esta foi a segunda vez que a proposta foi a votação, tendo os eleitos do PSD dado, agora, uma «rocambolesca cambalhota» depois de se terem abstido da primeira vez. Os comunistas eborenses realçam a adesão a esse programa terá «consequências gravosas para a autonomia do município, para os seus trabalhadores e para a generalidade dos munícipes».
Para o PCP, «pretende-se justificar como inevitável e responsável a decisão de recorrer a este instrumento, tendo em conta a situação de desequilíbrio financeiro estrutural do Município de Évora, resultado de 11 anos de PS à frente do município, sete dos quais com a prestimosa ajuda do PSD». O Partido entende que, por outro lado, a adesão ao PAEL não só «não resolve nenhum problema do município» como agrava o seu endividamento a médio e longo prazo em 32 milhões de euros.