Um estudo elaborado pela rede Eurydice mostra que 16 dos 32 países analisados reduziram ou congelaram os salários dos professores. Os mais afectados pelas restrições orçamentais e as medidas de austeridade foram os docentes da Eslovénia, Espanha, Grécia, Irlanda e Portugal, segundo o documento, divulgado, dia 5, por ocasião do Dia Mundial dos Professores.
Além de Portugal, onde são conhecidos os cortes salariais e a suspensão dos subsídios de férias e de Natal à generalidade dos funcionários públicos, a Grécia reduziu o salário de base dos professores em 30 por cento eliminando também subsídios de Natal e de Páscoa.
Por seu turno, em 2011, a Irlanda cortou os salários dos professores contratados em 13 por cento, aplicando nova redução de 20 por cento aos nomeados, em Janeiro último. Em Espanha, os salários dos professores e funcionários do sector público sofreram cortes de cinco por cento em 2010 e deixaram de ser actualizados de acordo com a inflação.
O relatório revela ainda que para atingirem o salário máximo, os professores precisam de cumprir entre 15 a 25 anos de serviço. Portugal, juntamente com Espanha, Itália, Hungria, Áustria e Roménia, pertence ao grupo de países onde são necessários 34 anos ou mais para alcançar o salário máximo.
Além dos 27 países da UE, o estudo analisou a situação na Croácia, Islândia, Noruega, Turquia e Liechtenstein.