CGTP-IN sopra velas da luta
No dia 1, a Intersindical assinalou o seu 42.º aniversário com iniciativas e lutas nos locais de trabalho e afirmando na rua o combate à política de direita, pelos salários, emprego e direitos.
A história comprova a estreita ligação aos trabalhadores
Os dirigentes da central integraram-se nas acções dos respectivos sindicatos, sectores e distritos, como se referia numa nota de imprensa sobre este «dia nacional de luta». O Secretário-geral, Arménio Carlos, passou o dia no Norte, começando por se associar à grande manifestação que saiu, cerca das 10 horas, dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, contra a privatização desta importante unidade industrial. Mais de duas mil pessoas levaram até à Praça da República o protesto contra a actuação do Ministério da Defesa, do Governo e dos seis deputados que PSD, CDS e PS elegeram no distrito.
Na manifestação esteve uma delegação do PCP, constituída por João Frazão, da Comissão Política, Agostinho Lopes, do Comité Central e deputado (eleito por Braga) e Filipe Vintém, do Comité Central. O Partido, que tinha agendada para hoje, na Assembleia da República, a apreciação do diploma que prevê a privatização dos ENVC, expressou ali, uma vez mais, solidariedade para com a prolongada luta dos trabalhadores em defesa da empresa pública, contra a acção dos governos do PS e do PSD/CDS, a qual tem objectivamente visado o desmantelamento do único grande estaleiro português com capacidade de projecto.
Na praça principal da cidade intervieram os coordenadores da Comissão de Trabalhadores dos ENVC e da União de Sindicatos de Viana do Castelo e o Secretário-geral da CGTP-IN.
No sábado, dia 29, cerca de 250 trabalhadores dos Estaleiros foram a Lisboa participar na grande manifestação nacional no Terreiro do Paço.
Cerca das 14 horas, Arménio Carlos participou num plenário de trabalhadores, em Braga, junto ao pólo industrial que ficou conhecido como Complexo Grundig (onde se situam fábricas da Bosch, da Delphi e da Fehst Componentes). O despedimento de jovens nas primeiras duas empresas foi o problema que o SITE Norte destacou, na nota que enviou anteontem à comunicação social. O sindicato da Fiequimetal/CGTP-IN revelou que, só na última sexta-feira, a Bosch dispensou cerca de 150 trabalhadores. As reivindicações incluem o respeito pelos direitos inscritos no contrato colectivo, bem como a recusa da redução do pagamento do trabalho suplementar e o combate à precariedade.
Em Vila Nova de Gaia, cerca das 16.30 horas, junto à sede do Grupo Toyota Caetano Portugal, o dirigente da Inter participou numa concentração de representantes dos trabalhadores do sector automóvel. O grupo preside à direcção da ACAP, associação patronal a quem é imputada a responsabilidade pela instabilidade laboral no sector, por três motivos apontados pelo SITE Norte: rompeu acordos laborais resultantes de demoradas negociações e apresentou uma proposta que continha 127 disposições e normas piores do que o Código do Trabalho; rompeu depois as negociações, para tentar provocar a caducidade do contrato, o que não conseguiu; tem sido fiel intérprete das políticas que são a causa dos problemas do sector e há mais de um ano que não responde a uma proposta sindical para retomar negociações.