Marrocos
A tortura de opositores ao regime é frequente, afirmou o relator especial das Nações Unidas, Juan Mendez, para quem é igualmente evidente o aumento da repressão sobre os protestos populares crescentes no país.
No balanço de uma visita de uma semana e meia a esquadras e prisões marroquinas, Mendez relatou como habituais os espancamentos, os choques eléctricos, os abusos sexuais ou as queimaduras com cigarros durante as detenções e os interrogatórios, e concluiu que «a tortura parece ser muito cruel e sistemática».
Dos encontros com as chamadas organizações da sociedade civil, o responsável retirou o clima de intimidação face à presença de membros do regime. No Saara Ocidental ocupado, Mendez diz ter recebido dezenas de solicitações de reunião, mas apenas conseguiu realizar um encontro com vítimas de tortura, as quais denunciaram ser prática instituída os juizes e procuradores públicos recusarem as suas queixas.