Jerónimo de Sousa saudou os construtores da Festa do Avante!

Um imenso e generoso colectivo

Je­ró­nimo de Sousa foi no sá­bado à Quinta da Ata­laia saudar os cons­tru­tores da Festa do Avante! pela ge­ne­ro­si­dade e en­trega com que se de­dicam às múl­ti­plas e exi­gentes ta­refas que se co­locam à edi­fi­cação desta imensa obra co­lec­tiva. Estas qua­li­dades, ins­trín­secas ao co­lec­tivo par­ti­dário co­mu­nista, serão ainda mais in­dis­pen­sá­veis nos meses e anos que aí vêm, para der­rotar o pacto de agressão e a po­lí­tica de di­reita e em­pre­ender a al­ter­na­tiva de que Por­tugal pre­cisa, re­alçou o Se­cre­tário-geral do Par­tido.

Ade­riram ao PCP, nos úl­timos meses, 800 novos mi­li­tantes

Não há Festa como esta! Mais do que um bem con­se­guido slogan, esta frase é so­bre­tudo uma ver­dade in­ques­ti­o­nável. É que não há, de facto, qual­quer re­a­li­zação que se as­se­melhe à Festa do Avante!, que amanhã se inicia. Tanto pelo que lá se passa nos três dias em que abre ao pú­blico como pela forma como é cons­truída e man­tida – por muitos mi­lhares de horas de tra­balho vo­lun­tário, ab­ne­gado, cons­ci­ente e de­sin­te­res­sado, pres­tado por mi­lhares de mi­li­tantes e sim­pa­ti­zantes do PCP, que cons­troem pa­vi­lhões, as­se­guram ser­viços, vendem en­tradas e pro­gramas. Enfim, tornam pos­sível a re­a­li­zação da Festa.

Na sua sau­dação aos cons­tru­tores, re­a­li­zada ao início da tarde de sá­bado, junto ao re­fei­tório da Quinta da Ata­laia, Je­ró­nimo de Sousa va­lo­rizou pre­ci­sa­mente a «ge­ne­ro­si­dade e o em­pe­nha­mento» de­mons­trados por «este grande co­lec­tivo» na cons­trução da Festa, que fi­zeram com que a uma se­mana da aber­tura dos por­tões esta es­ti­vesse já pra­ti­ca­mente pronta. Fal­tava o re­toque e o em­be­le­za­mento, pre­cisou.

Mas o sig­ni­fi­cado desta mi­li­tância trans­cende os por­tões da Ata­laia, ga­rantiu o Se­cre­tário-geral do Par­tido pe­rante as mais de mil pes­soas que ali se con­cen­travam: a Festa do Avante! é como que um «re­flexo da so­ci­e­dade nova que que­remos cons­truir, uma so­ci­e­dade li­berta da ex­plo­ração do homem pelo homem, onde o con­vívio, a fra­ter­ni­dade e a re­a­li­zação hu­mana são um es­pelho da­quilo que pre­ten­demos». Além disso, acres­centou, em tempos como os que hoje vi­vemos, esta mi­li­tância é também um pro­fundo golpe contra o con­for­mismo e a de­sis­tência que as troikas pre­tendem ver ins­ta­lados no País.

No final da in­ter­venção, Je­ró­nimo de Sousa di­rigiu-se aos tra­ba­lha­dores, ao povo e às novas ge­ra­ções: «Ve­nham à nossa Festa, li­bertem-se de pre­con­ceitos, ve­nham ver uma obra co­lec­tiva, uma obra hu­mana de ho­mens, mu­lheres e jo­vens que deram o seu me­lhor, de­sin­te­res­sa­da­mente, sem nada a ga­nhar, que ti­veram que pagar a sua EP, mas que aqui estão a cons­truir o fu­turo.»

Sem di­reito a des­cansar

Cons­truída e re­a­li­zada a Festa, re­alçou Je­ró­nimo de Sousa, se­guir-se-à um «outro pro­cesso de cons­trução e luta» a exigir mui­tís­simo dos mi­li­tantes e amigos do Par­tido – o de­sen­vol­vi­mento da luta e da con­ver­gência contra o pacto de agressão. Como fez notar o Se­cre­tário-geral do PCP, «a vida está hoje muito di­fícil e não po­demos deixar que os por­tu­gueses baixem os braços, não po­demos deixar que os tra­ba­lha­dores se con­formem com esta ofen­siva».

Assim, nos pró­ximos tempos, «po­demos e de­vemos, taco a taco, ir a cada frente de tra­balho, a cada luta», seja nas em­presas e lo­cais de tra­balho, contra a apli­cação das al­te­ra­ções ao Có­digo (como su­cedeu ao longo do mês de Agosto em di­versos sec­tores e em­presas), ou em de­fesa do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde, da es­cola pú­blica ou do apa­relho pro­du­tivo na­ci­onal. Mas uma ideia terá que estar sempre pre­sente: sem a der­rota do pacto de agressão «ne­nhuma luta re­sul­tará», pelo que terá de ser este o ob­jec­tivo cen­tral da luta dos co­mu­nistas nos meses que se se­guem e para ele devem con­vergir todas as lutas tra­vadas.

Re­a­fir­mando a con­vicção dos co­mu­nistas na pos­si­bi­li­dade de um rumo di­fe­rente, Je­ró­nimo de Sousa re­alçou que a dis­po­ni­bi­li­dade do PCP em con­vergir com ou­tras forças e per­so­na­li­dades para em­pre­ender uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda e um go­verno capaz de a con­cre­tizar «não se com­pa­dece com o es­forço que al­guns fazem di­zendo que é pre­ciso re­tocar o me­mo­rando, ajustar prazos, que é ne­ces­sário cum­prir os di­tames e ori­en­ta­ções do grande ca­pital». «Não», ga­rantiu o Se­cre­tário-geral do Par­tido, «para con­se­guirmos a con­ver­gência e não ilu­dirmos o povo com falsas so­lu­ções nós di­zemos que o ca­minho é de rup­tura e de mu­dança, que não é pos­sível con­sertar e re­mendar aquilo que é a origem do mal, da si­tu­ação em que vi­vemos».

Por isso, afirmou, este ano os co­mu­nistas não po­derão des­cansar «de­pois de tanta jor­nada de tra­balho e da re­a­li­zação da Festa», pois há muitas e fortes lutas a travar. Pela re­acção a estas pa­la­vras, nin­guém es­pe­rava outra coisa...

Não baixar a ban­deira

Nesta longa ca­mi­nhada pela cons­trução em Por­tugal de uma so­ci­e­dade mais justa, o re­forço do Par­tido tem um papel es­sen­cial, que Je­ró­nimo de Sousa não es­queceu na sua sau­dação aos cons­tru­tores da Festa. «São hoje mais os que re­co­nhecem que o PCP tinha razão, que re­co­nhecem o valor da sua luta, da acção in­ter­venção e da sua acção. São muitos aqueles que vêm ao Par­tido porque con­si­deram que esta é a força de com­bate, a força de re­fe­rência, a força in­dis­pen­sável para qual­quer al­ter­na­tiva», ga­rantiu Je­ró­nimo de Sousa, re­al­çando que há ainda muitos que du­vidam da força do PCP para levar a cabo qual­quer al­te­ração pro­funda na so­ci­e­dade. «Então é este o pri­meiro apelo que fa­zemos: dêem-nos mais força para que a nossa luta, a vossa luta, tenha re­sul­tados».

Foi o que fi­zeram já mais de 800 pes­soas, que ade­riram ao Par­tido desde o lan­ça­mento da cam­panha de re­cru­ta­mento de dois mil novos mi­li­tantes, que de­corre até Março de 2013. Ao mesmo tempo que os cons­tru­tores da Festa aplau­diam a boa nova e davam vivas ao PCP, Je­ró­nimo de Sousa ga­rantia que «é pos­sível ir mais longe, re­forçar o Par­tido nas em­presas e lo­cais de tra­balho, junto da ju­ven­tude e das novas ge­ra­ções. É pos­sível crescer e avançar».

Pre­pa­rando os mi­li­tantes e os sim­pa­ti­zantes para a du­reza dos tempos que aí vêm, Je­ró­nimo de Sousa lem­brou que ao longo da sua his­tória nunca os co­mu­nistas ti­veram a vida fa­ci­li­tada e dei­xaram de travar lutas di­fí­ceis. Mas, acres­centou, «per­ten­cemos àquele des­ta­ca­mento de por­tu­gueses que nos mo­mentos his­tó­ricos im­por­tantes não bai­xaram a ban­deira, não aban­do­naram a luta». Como nunca o farão.

De­pois destas pa­la­vras de com­bate e con­fi­ança do Se­cre­tário-geral do PCP, e após can­tarem abra­çados o Avante, Ca­ma­rada, os cons­tru­tores vol­taram ao ter­reno com a de­ter­mi­nação re­do­brada para er­guer o que fal­tava da Festa do Avante!. Com a cer­teza de que no dia a se­guir ao seu en­cer­ra­mento es­tarão na­quele que é o seu lugar por di­reito pró­prio: a pri­meira linha da luta contra a ex­plo­ração e a in­jus­tiça.



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