O Se­cre­ta­riado Re­gi­onal da Di­recção Re­gi­onal do PCP Açores (DORAA), reu­nido na sexta-feira em Ponta Del­gada, alertou para o «maior ataque de que há me­mória» à au­to­nomia aço­riana, con­subs­tan­ciado no «me­mo­rando de en­ten­di­mento que o Go­verno Re­gi­onal ce­le­brou com o Go­verno da Re­pú­blica, que fez sus­pender as com­pe­tên­cias au­to­nó­micas.

«O Go­verno Re­gi­onal já não tinha como es­conder a sua sub­ser­vi­ência a Lisboa, jus­ti­fi­cada na re­cusa sis­te­má­tica aos de­sa­fios do PCP para que a Re­gião uti­li­zasse as com­pe­tên­cias au­to­nó­micas para mi­ni­mizar os efeitos do pacto de agressão de que o País está a ser ví­tima», acusa a DORAA, sa­li­en­tando que o «me­mo­rando de en­ten­di­mento» agora for­ma­li­zado com a Re­pú­blica é, também, «o re­co­nhe­ci­mento pú­blico da fa­lência das po­lí­ticas do go­verno PS» nos Açores.

Os co­mu­nistas clas­si­ficam ainda de «hi­po­crisia po­lí­tica» as de­cla­ra­ções do PSD e do CDS sobre o «me­mo­rando de en­ten­di­mento». «São os par­tidos troi­kistas – o PS, o PSD e o CDS – os res­pon­sá­veis pela sus­pensão das com­pe­tên­cias au­to­nó­micas, é a estes par­tidos e não ou­tros que as aço­ri­anas e os aço­ri­anos terão de pedir res­pon­sa­bi­li­dades po­lí­ticas, são estes par­tidos e não ou­tros que terão de ser pe­na­li­zados elei­to­ral­mente», de­fende o PCP.