Israel
O protesto contra as medidas de austeridade voltou a ouvir-se nas ruas de Telavive. Apesar de não ter atingido a dimensão de iniciativas recentes, a concentração de sábado, 4, foi convocada para contestar os cortes orçamentais e os aumentos de impostos decididos pelo governo.
Os participantes denunciaram igualmente o elevado custo de vida, particularmente evidente no preço dos alimentos, energia, habitação, educação e saúde, e exigiram uma redução no orçamento da Defesa do país e o fim da actual política militarista na região.
De acordo com uma pesquisa difundida pelo diário Haaretz, o executivo e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, são avaliados negativamente por 60 por cento dos inquiridos.
A acção do passado fim-de-semana ocorreu dois dias após um israelita se ter suicidado em consequência do empobrecimento a que foi votado pela política antipopular seguida há décadas. Akiva Mafi, de 45 anos, morreu num hospital de Telavive depois de se ter imolado pelo fogo, seguindo, aliás, o exemplo desesperado de um outro concidadão, Moshé Silman, que também pôs termo à vida acusando as autoridades de o terem empurrado para a miséria.