O presidente da Ucrânia, Victor Ianukovitch, admite convocar eleições legislativas antecipadas no país, isto depois da aprovação, por uma larga maioria de 248 votos a favor, de uma lei que alarga o uso da língua russa e de outras línguas minoritárias, como o tártaro, o romeno ou o húngaro, facto que desencadeou uma crise política que já levou à demissão do presidente do parlamento, Vladimir Litvine.
O ucraniano é confirmado no diploma como o idioma oficial do país e único admitido nas forças armadas, mas o russo passou a ter estatuto de língua regional nas zonas onde os russófanos constituem mais de dez por cento da população, caso de 13 das 27 regiões da Ucrânia.
O presidente ucraniano, entretanto, garantiu que não irá promulgar o diploma até que a polémica seja esclarecida.
Uma pesquisa elaborada pelo Instituto Internacional de Sociologia de Kiev, citado pela agência Ria-Novósti, indica que 65 por cento dos ucranianos apoia o reconhecimento do russo como língua regional. 26 por cento dos inquiridos manifestam-se mesmo favoráveis a que o russo passe a ser a segunda língua oficial da Ucrânia.