Milhares de pessoas voltaram a protestar em Telavive, na noite de 23 de Junho, em defesa de justiça social e pela democratização da vida política no país. A iniciativa degenerou em confrontos entre polícia e manifestantes, que contestavam a detenção, no dia anterior, de um dos porta-vozes do movimento.
Em comunicado, o Partido Comunista de Israel fala em pelo menos 85 detidos na manifestação, entre os quais um membro do Comité Central do Partido, e considera que a repressão foi a mais violenta desde que, no Verão do ano passado, se iniciaram as manifestações contra a política do governo israelita.
Os comunistas afirmam que o governo neoliberal está com medo e tudo faz para travar os protestos. Mas o executivo de Benjamim Natanyahu não cumpriu nada do que prometeu, e o povo não aceita mais ser enganado.
No dia seguinte, os manifestantes detidos acabaram por ser libertados por um juiz, que criticou duramente a acção das forças policiais e lembrou que nenhum dos encarcerados possui antecedentes criminais, pelo que as autoridades não deviam sequer tê-los mantido sob custódia para serem presentes à justiça. O magistrado Tzachi Uziel acrescentou ainda que nenhum dos detidos foi acusado pela polícia de desordens ou destruições.