A Comissão Concelhia de Miranda do Corvo do PCP acusa o Governo de, à semelhança do anterior, não se preocupar com o interesse público e com a mobilidades das populações abrangidas pelo ramal da Lousã, encerrado há vários meses. Num comunicado de dia 20, os comunistas lembram as declarações à comunicação social do secretário de Estado dos Transportes onde este promete 15 milhões de euros à Metro Mondego e assegurava a candidatura do projecto a fundos comunitários até 2020.
Já no dia 12, o mesmo governante, respondendo ao PCP, falara da necessidade de «adequar o projecto aos níveis de procura» e proceder a uma aferição «do parecer técnico de operadores privados de transporte com experiência abrangente a actuar em Portugal relativamente à viabilidade futura da exploração».
Ou seja, traduz o PCP, «a trapaça continua», pois os lucros dos grupos privados sobrepõem-se ao interesse público e a obra fica adiada até daqui a oito anos. A autarquia não ficou à margem das críticas, já que, «ao permitir que os carris fossem arrancados, iniciou um processo com difícil retorno».