Para a Direcção da Organização Regional de Coimbra do PCP, o encerramento das Urgências do Hospital dos Covões é «apenas o início de um grave e criminoso processo de descaracterização» dessa instituição, pois muitas outras valências «estão a ser amputadas no âmbito da fusão: estomatologia, nefrologia, urologia, transplantação renal, gastroenterologia, medicina física e reabilitação e psiquiatria». Assim, para os comunistas, o que está em causa é o Hospital em si mesmo «e não apenas este ou aquele serviço ou valência».

Acusando os deputados do PS, PSD e CDS eleitos pelo distrito de estarem de acordo com o encerramento das Urgências, o PCP considera estar-se perante uma «estratégia» para favorecer os grupos privados, que passa pelo aumento das taxas moderadoras nas urgências, consultas e cirurgias e do preço dos medicamentos; e pela degradação propositada dos serviços do Serviço Nacional de Saúde. Assim se «empurra» os doentes para as clínicas e outras unidades privadas, «que até se podem dar ao luxo de praticar, momentânea e transitoriamente e para iludir, preços mais baixos».