O economista e membro do Comité Central do PCP Sérgio Ribeiro participou, no dia 18, numa sessão pública promovida pelo Sector Intelectual de Coimbra do Partido que teve como tema Posições de ontem e de hoje sobre a moeda única. Na sua exposição, o antigo deputado ao Parlamento Europeu defendeu que o euro não é a «moeda do futuro» – pelo contrário, esta moeda falhou e está em desagregação.

Para Sérgio Ribeiro, a criação do euro agravou desigualdades e assimetrias existentes na Europa ao ter beneficiado certos países – os mais poderosos – e os seus interesses e forçado países periféricos, como Portugal e a Grécia, a adaptar-se a uma «moeda forte», com todas as consequências que estão hoje à vista para as suas economias. O antigo deputado (que na altura votou contra a criação do euro), realçou que aquilo que o PCP previra e alertara está a concretizar-se.

Relativamente à saída do euro, o dirigente comunista realçou que o mais importante é como é que se sai, rejeitando a saída forçada de alguns países, como Portugal e Grécia, da zona euro. A solução deverá passar pela saída negociada, tendo Portugal, como outros, que ser ressarcido do que perdeu.