Relatório penaliza região
O PCP respondeu às declarações do deputado do CDS ao Parlamento Europeu, Nuno Melo, que acusou o PCP de se ter abstido na recente votação do relatório sobre as regiões Ultra Periféricas. Acusando esse deputado de ter abordado a questão devido à «necessidade de mediatismo pré-eleitoral» do candidato do CDS às eleições regionais, o Secretariado da Direcção da Organização da Região Autónoma dos Açores do PCP lembra o motivo adiantado pelos deputados comunistas para essa votação, silenciado por Nuno Melo: o facto de se defender como enquadramento para a defesa da especificidade das Regiões Ultra Periféricas «o cumprimento das orientações relativas à estratégia UE2020 ou ao mercado interno», que o PCP considera serem, em si mesmos, «instrumentos penalizadores do desenvolvimento» dessas regiões.
Para o PCP, a «defesa da autonomia e a defesa dos interesses dos Açores não se constituem como uma corrida, são um imperativo regional assumido por quem não se verga a imposições externas». Os comunistas garantem ainda que não trocam a sustentabilidade política e económica da região «por um punhado de amendoins». Quem tem que explicar o seu sentido de voto é o deputado do CDS, que aprovou acriticamente o relatório.