Frases

«Não vejo outra solução do que este fim digno da minha vida, para que não acabe a procurar comida nos caixotes do lixo para me sustentar.»

(Carta de Dimistris Christoulas, reformado grego que se suicidou na Praça Syntagma, Público, 06.04.12)

 

«Um ano depois, podemos reconhecer a verdade da ditadura dos factos: vivemos em protetorado, o memorando passou a ser superior à Constituição e 85% da nossa representação parlamentar subscreve o estado de exceção.»

(José Adelino Maltez, DN, 06.04.12)

 

«Perante o desemprego a crescer mais do que o previsto e a economia a decrescer mais do que o previsto, deve perguntar-se o que justifica a autossatisfação governamental tão persistentemente exibida.»

(Alfredo Bruto da Costa, DN, 06.04.12)

 

«Funcionários públicos, trabalhadores de empresas do Estado e pensionistas bem podem colocar um parêntesis na sua vida, a verdade impõe que se lhes diga que ninguém lhes pode garantir a data em que vão voltar a receber o equivalente a 14 meses de vencimento.»

(Paulo Baldaia, DN, 08.04.12)

 

«Se estes direitos dos funcionários e reformados não forem defendidos por quem tem, agora, a obrigação de os defender, o Tribunal Constitucional e os cidadãos, a Constituição Portuguesa só pode ser referida como realidade histórica: era uma vez uma Constituição.»

(Jorge Bacelar Gouveia, DN, 08.04.12)

 

«Alunos bolseiros nas universidades recuaram aos níveis de 2000»

(Título do Público, 09.04.12)

 

«Portugal, já sabíamos, é um País com algumas particularidades. Mais esta: os bancos enriquecem, enquanto a economia do País definha e o desemprego sobe.»

(Manuel Catarino, Correio da Manhã, 10.04.12)

 

«Batemos todos os dias recordes de culpa, de medo e de vergonha. Sentimentos de culpa inculcados por responsáveis sem vergonha, que continuam a repetir a ladaínha de que “os portugueses viveram acima das suas possibilidades” e de que somos os culpados de todos os males que nos afligem.»

(José Vítor Malheiros, Público, 10.04.12)

 

«FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu, na defesa de interesses próprios, que não são os de Portugal, disputarão contradições sérias e, nessa altura, se dermos ouvidos ao Peter Weiss errado, a um qualquer burocrata que botar faladura, arriscamo-nos, súbditos ignorantes, a seguir a indicação errada e a passar da humilhação sobrevivente para o suicídio colectivo.»

(Pedro Tadeu, DN, 10.04.12)