Os efeitos da política anti-social do Governo, subordinado aos ditames da troika estrangeira, são bem directos e bem visíveis no interior do País, como é o caso de Vila Real: mais de 12 500 trabalhadores no desemprego, muitos dos quais sem direito a qualquer meio de subsistência; milhares de trabalhadores precários sem direitos; cresce a pobreza; as falências e insolvências de micro e pequenos empresários; destruição do aparelho produtivo na indústria e na agricultura.
Não se conformando com a degradação crescente das suas condições de vida, muitos trabalhadores do distrito recusaram o discurso do «não há nada a fazer», das «inevitabilidades», e aderiram à greve geral, cujos efeitos foram especialmente sentidos no sector da Saúde e em geral da Administração Pública, bem como em várias empresas do sector privado.
Nos hospitais de Vila Real e Chaves funcionaram apenas «serviços mínimos» durante a noite, enquanto que a adesão dos enfermeiros nos hospitais de Lamego e Régua atingiu os 100 por cento. Importantes adesões foram também registadas nos centros de Saúde, designadamente na Régua, Mesão Frio e Murça.