Cem mil pessoas com salários penhorados

Cerca de 100 mil pessoas em Portugal tinham em Janeiro os salários penhorados, segundo cálculos da Câmara dos Solicitadores (CS). O crescente endividamento e o aprofundamento da crise económica aumentaram as dificuldades das famílias em cumprir com as suas obrigações.

A lei permite penhorar até um terço do ordenado, mas há casos de financiamentos impossíveis de cobrar devido a juros elevadíssimos, na ordem dos 20 ou 30 por cento. Por vezes «a penhora do salário nem sequer chega para pagar os juros mensais, o que faz com que o executado ande toda a vida a pagar sem nunca conseguir cobrir o valor na totalidade», relatou à Agência Lusa o presidente do Colégio da Especialidade dos Agentes de Execução.

No desespero, há quem se veja obrigado a declarar insolvência. Sem bens penhoráveis, os executados passam a fazer parte da Lista Pública de Execuções. De acordo com dados do Ministério da Justiça, actualmente existem mais de nove mil pessoas nesta situação.



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