EUA
Cerca de 60 mil afrodescententes foram esterilizados nos anos 30 do século XX por serem «geneticamente indesejáveis». Segundo uma reportagem publicada pelo diário norte-americano IndyWeek, o governo dos EUA propõe-se pagar 50 mil dólares às vítimas pelos «danos causados».
O jornal precisa que o programa se centrou em estratos pobres da população, jovens de famílias numerosas e pessoas com problemas mentais ou emocionais, as quais, alegavam as autoridades, «pioravam a espécie humana» e impediam os EUA de serem um território com uma «raça superior».
O IndyWeek afirma que o projecto foi abandonado e votado ao esquecimento após a Segunda Grande Guerra Mundial por ser gémeo das práticas de extermínio e eugenia nazis, mas, na altura, o argumento usado foi a redução de custos na Saúde.
Para além da esterilização forçada, o governo dos EUA da época financiou experiências que incluíam o contágio de seres humanos com diversas doenças. O uso de cobaias humanas, no caso da malária, por exemplo, incluiu pelo menos uma centena de crianças órfãs internadas em instituições públicas.
Parte destes programas já havia sido denunciada quando rebentou o escândalo sobre a infecção de mais de 5500 guatemaltecos com doenças venéreas para provar a eficácia da penicilina.