Observadores da Liga Árabe visitam Síria
Os primeiros observadores enviados pela Liga Árabe à Síria, liderados pelo militar sudanês Mohamed Mustafa, reuniram, terça-feira, com o governador da província de Homs, tida como um dos cenários centrais da contestação ao regime e ao presidente do país, Bashar al-Assad.
Para além de terem tido a oportunidade de ouvir a versão oficial, os membros do grupo – que até ao final da semana totalizarão 150, entre civis e militares – visitaram o hospital local e alguns dos bairros de Homs onde, alegadamente, tem sido registada maior tensão entre autoridades e «oposição».
De acordo com informações divulgadas pelo repórter da Telesur no país, Hisham Wannous, os observadores impostos pela organização pan-árabe à Síria escutaram ainda os testemunhos dos feridos e dos familiares destes.
Sobre o suposto bombardeamento realizado, segunda-feira, pelas forças regulares sírias contra Homs, não foram divulgados quaisquer dados adicionais, exceptuando o desmentido do governo face às notícias difundidas por agências internacionais, e as informações apuradas pelo enviado da Telesur, que relatou que os bombardeamentos foram efectuados por grupos armados contra alvos civis.
Simultaneamente, a «oposição» divulgou que, anteontem, na cidade de Homs, 30 mil pessoas se manifestavam contra a missão da Liga Árabe, a qual acusam de cumprir a agenda do governo de Damasco e de não se encontrarem com os «contestatários»
Entretanto, no mesmo dia, na capital e na localidade de Al Rastan, ocorreram outros dois incidentes violentos. Em Damasco, um estudante de engenharia terá aberto fogo indiscriminadamente dentro da Faculdade, enquanto que na cidade situada na região Sudoeste da província de Homs, um grupo armado provocou um atentado contra um gasoduto.
Em Damasco, no sábado, 24, milhares de pessoas participaram nos funerais das 44 vítimas dos atentados terroristas perpetrados contra departamentos dos serviços de segurança sírios. Pelo menos 166 pessoas terão resultado feridas nos ataques efectuados com carros-bomba.
Durante a semana passada, outras duas manifestações populares encheram as ruas da capital síria contra a ingerência externa e o terrorismo, em defesa da soberania nacional e em apoio ao presidente Bashar al-Assad.