Cultura não é mercadoria
O corte de 38 por cento nos apoios às artes para as estruturas de criação artística e cultural de carácter profissional no Alentejo representa, para o Executivo da Direcção Regional do Alentejo do PCP, «um acelerar do processo anticonstitucional de mercantilização da cultura posto em prática pelos sucessivos governos liderados, conjuntamente ou à vez, por PS, PSD e CDS-PP». Lembram os comunistas que esta política de «cortes brutais nos apoios às Artes teve, como primeiro protagonista, o anterior governo do PS, que começou por impor um corte de 23 por cento em verbas que já eram, nessa altura, manifestamente insuficientes para as necessidades do País». No último concurso esses cortes ultrapassaram mesmo, na região do Alentejo, os 40 por cento.
Não se conhecendo ainda ao concreto a dimensão real do corte previsto para a região, o PCP apela a que os trabalhadores e as estruturas de criação cultural e artística da região se mobilizem contra «mais esta profunda injustiça do Governo».