Populações prejudicadas

A possibilidade de atender os doentes considerados como «não urgentes» fora das urgências hospitalares e a criação de um único Instituto Português de Oncologia (IPO) são duas das propostas avançadas pelo grupo técnico para a Reforma Hospitalar e entregues segunda-feira ao ministros Paulo Macedo. O grupo prevê ainda que o Hospital Oriental de Lisboa avance em regime de Parceria Público-Privada (PPP) e o Hospital Curry Cabral e a Maternidade Alfredo da Costa sejam integrados no Centro Hospitalar de Lisboa Central, composto por São José, Santa Marta, Capuchos e Estefânia.

Entre outras propostas apresentadas, o grupo de trabalho sugere que as consultas de especialidades hospitalares sejam feitas em centros de Saúde, que sejam transferidas actividades da área médica para a de enfermagem e que seja promovida a mobilidade dos profissionais de Saúde.

O relatório, que defende uma redução da taxa de cesarianas, diz igualmente que existe uma má distribuição de médicos, camas e blocos operatórios e assinala que 2337 dos 19 mil médicos a trabalhar nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde devem ser transferidos para outro local.

Em declarações à Lusa, Carlos Braga, do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), considerou que a possibilidade de os doentes «não urgentes» serem atendidos fora das urgências hospitalares levanta «algumas reservas», uma vez que «é uma medida que prejudica e que não vem ao encontro daquilo que são as necessidades e direitos das populações e dos utentes». «Temos algumas reservas porque muitos dos doentes que recorrem às urgências hospitalares fazem-no devido ao encerramento de um conjunto de serviços, como centros de Saúde, extensões, serviços de maior proximidade dos doentes», assinalou Carlos Braga, lembrando também a redução dos horários de funcionamento de muitos destes estabelecimentos.



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