Degradação dos serviços
A pretexto dos cortes exigidos pela troika, em Agosto, algumas carreiras de autocarros e eléctricos da Carris deixaram de manter a sua periodicidade. Para a Plataforma das Comissões de Utentes da Carris, esta situação, considerando os aumentos dos preços dos transportes, torna-se ainda mais «grave» e «injusta», pois «representa a perda acentuada da qualidade e a diminuição das frequências, sendo que em alguns casos se consubstancia mesmo na eliminação de carreiras».
Esta nova organização, acrescenta a Plataforma, prejudica a «mobilidade da população, particularmente a mais idosa, e prejudica objectivamente o acesso a um conjunto de serviços», relativos à Saúde e às escolas, concorrendo, negativamente, «para o alcance de objectivos de diminuição da poluição na cidade de Lisboa que se afirma perseguir».
Em nota dirigida à comunicação social, os utentes da Carris criticam ainda a Câmara de Lisboa, que «permanece serenamente muda perante as alterações aos horários, como se as questões da mobilidade, da degradação da qualidade de vida e das condições ambientais lhes fossem completamente alheias».