- Nº 1971 (2011/09/8)
Manuel da Fonseca e Alves Redol

Nomes maiores do neo-realismo

Festa do Avante!

Image 8549

Manuel da Fonseca e Alves Redol, nomes maiores do neo-realismo português, foram este ano homenageados na Festa, onde um grande painel traça um percurso das suas vidas, destacando a intensa actividade política que, a par da actividade literária, foi uma marca destes dois grandes escritores comunistas.

Uma bancada, por baixo do painel, mostrava aos visitantes impressões de capas das principais obras destes mestres do neo-realismo, obras que, como aí se podia ler, «perduram como referências incontornáveis na história da literatura portuguesa».

Nascidos há 100 anos, ambos começaram a sua actividade literária como colaboradores de jornais e revistas da época – Vértice, O Diabo, Seara Nova, Sol Nascente –, com crónicas e contos, iniciando-se Alves Redol, em 1939, com o romance Gaibéus, e Manuel da Fonseca, em 1940 com um livro de poemas, Rosa dos Ventos.

Ambos escreveriam obras indispensáveis aos amantes da leitura, como, a título de exemplo, Barranco de Cegos (Alves Redol) ou Seara de Vento (Manuel da Fonseca).

Oriundos respectivamente do Alentejo e do Ribatejo, diz-se neste painel que Manuel da Fonseca e Alves Redol têm «como cenário do que escreveram» o «Alentejo e o Ribatejo, as suas gentes, as suas vidas, as suas lutas».