Agressão imperialista à Líbia

Cruz Vermelha alerta para crise humanitária

A população civil líbia é a principal vítima do embargo e dos bombardeamentos da NATO contra o país, adverte o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICR).

«As sanções da ONU não são compatíveis com o direito internacional»

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Para o chefe das missões do CICR no Norte e Oeste de África, Boris Michel, as sanções impostas com o suposto objectivo de forçar a saída de Muammar Kahdafi do país atingem fundamentalmente a população, que se vê privada da ajuda humanitária. Em muitas zonas urbanas e rurais do país bombardeado sem descanso são evidentes as carências, referiu.

Outros perigos semeados pela Aliança Atlântica são as bombas por explodir no terreno, lembrou o responsável da Cruz Vermelha, para quem os castigos impostos pelas Nações Unidas contra a Líbia não são compatíveis com o direito internacional.

«As sanções incluem mecanismos de excepção para a ajuda humanitária», disse, «mas essas excepções não se estão a observar na prática», frisou.

O caso do material médico ilustra a política criminosa contra o povo. A Líbia depende quase totalmente da importação de medicamentos e material médico. Com a guerra, muitas empresas abandonaram o país paralisando a importação daqueles bens, provocando a ruptura dos stocks existentes com consequências graves na proliferação de doenças, explicou Michel.

Faltam igualmente motores para captação hídrica e geradores de energia eléctrica, o que provoca dificuldades no abastecimento de água e na alimentação de equipamentos absolutamente essenciais não apenas à qualidade de vida, mas, sobretudo, à sua manutenção, caso dos hospitais.

Desde o passado dia 31 de Março, a NATO já efectuou mais de 18 500 incursões aéreas, 7 mil das quais foram bombardeamentos. Pelo menos 1200 civis líbios foram já assassinados pela coligação imperialista, e milhares de outros resultaram feridos.



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