O PCP está preocupado com a situação social no Algarve. Numa nota da sua Direcção da Organização Regional (DORAL), os comunistas chamam a atenção para a existência de salários em atraso no Hotel Montechoro e para as «crescentes dificuldades para a pesca costeira, com a intenção de fecho de lotas em portos pequenos». A introdução de portagens na Via do Infante – defendida agora por PS, PSD e CDS e pelo «poder autárquico dos mesmos partidos» – tenderá a agravar a situação, garantem os comunistas, que aproveitam para reafirmar a sua oposição às portagens.

A contribuir para piorar a já difícil situação estará, também, a «paralisia na execução de velhas e novas obras importantes para o Algarve», acrescenta a DORAL. No âmbito do QREN, das verbas disponíveis para utilizar no período 2007/2010 só tinham sido utilizados, até final do ano passado, 15,4 por cento.

A solução destes e de outros problemas, sustenta o PCP, passa pela aposta na produção nacional, nomeadamente da agricultura, da pesca e da indústria associada. Os comunistas valorizam ainda a luta dos trabalhadores que prestam serviço ao grupo Carlos Saraiva, em Albufeira, pelo pagamento dos salários em atraso e a dos pescadores de Armação Pêra contra a falta de condições para tirarem proveito do seu trabalho. E prestam a sua solidariedade para com a trabalhadora e dirigente sindical da empresa J.A.Pacheco, em Olhão, «posta arbitrariamente na rua», e aos trabalhadores do Hotel Montechoro ainda com salários em atraso.