Num comunicado de dia 27, o PCP expressa a sua solidariedade com os trabalhadores da Subercor e da Vinocor, que estão actualmente com salários em atraso. A Comissão Concelhia do Partido lembra que essas empresas – pertencentes a um mesmo grupo – dispõem de um «rico património e de uma considerável capacidade produtiva». Não obstante, está em curso um processo de insolvência «obscuro» que muitos trabalhadores afirmam ser fraudulento – e que, para o PCP, a não ser anulado, «poderá pôr em risco estas duas unidades industriais e consequentemente a sobrevivência de quase centena e meia de trabalhadores e das suas famílias».

Os comunistas consideram ainda que a situação das duas empresas corticeiras não é alheia ao «quadro político e económico do País», que, no sector da cortiça, beneficia os grandes grupos (em particular o grupo Amorim), acabando por «potenciar a concentração da produção num verdadeiro monopólio que seca e acaba por asfixiar a maior parte das pequenas e médias empresas deste sector».